224-O DIA EM QUE CHEGUEI A BELO HORIZONTE - Autobiográfico

Parece que foi ontem, mas já se passaram 22 anos: foi no dia 15 de agosto de 1972, um feriado municipal em homenagem à Nossa Senhora da Boa Viagem, padroeira da nova cidade que seria “minha cidade”, a partir daquela data.

O que aconteceu naquele dia? Ora, foi um dos dias mais importante de minha vida, pois aqui cheguei com minha família, pela manhã, e à notinha, chegou o caminhão que trazia a mudança dos pertences familiares.

Na verdade, ej já estava trabalhando na agência Central do Banco do Brasil do centro em Belo Horizonte desde o início de julho, há uns 45 dias antes, mas somente no mês de agosto é que conseguira alugar uma casa e providenciar a mudança.

Foi um epopéia, porque vinha de uma pequena cidade do interior do Estado de São Paulo e estava empolgado e maravilhado com as diferenças que ia encontrando todos os dias: o ritmo buliçoso da cidade, a procura frenética de uma casa pra alugar, as formalidade legais do próprio aluguel, a convivência com um número grandioso de colegas, a multidão nas ruas do centro da Capital...

Minha família — Enny, minha esposamadamante de há muitos anos, mas a meia dezena de filhos: Cecília, Denise, Alexandre, Fabíola, e Maurício — também já estava agitada, naquele primeiro dia de BH: chegamos na parte da manhã e fomos para a casa da Rua Cura Dars, no prado, limpa-l para receber a mudança, que deveria chegar aí pelas duas da tarde.

Mas o caminhão atrasou, e só chegou pelas 17 horas. Então, já estavam conosco meu primo Natal (antigo residente em BH) com uma chusma de companheiros, que vieram para ajudar a descarregar o caminhão. Quando este chegou, foi “vapt-vupt” e os móveis, geladeira, utensílios, tudo, enfim, trazido pelo Mercedes-Benz, estava dentro de casa, nos seus devidos lugares.

Mas, enquanto descarregávamos o veículo, outros parentes foram chegando: O Ronei e a Maria José, Dirce, Orlando e Maria da Glória. E o dia em que cheguei em Belo Horizonte, com a família e mudança, anoiteceu numa alegre confraternização, pois fomos todos — a família, os parentes, os carregadores e o chofer do caminhão — saborear deliciosas pizzas ali na pizzaria perto da Igreja Cura Dars.

Belo Horizonte, 25.05.03

CONTO # 224 DA SERIE MILISTÓRIAS

Antonio Roque Gobbo
Enviado por Antonio Roque Gobbo em 12/06/2014
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