As respostas que buscamos

Em uma de minhas viagem ao encontro do destino encontrei-me com um velho sábio, que ficava em frente a sua casa, sentado, confortavelmente, espiando os passantes, e sempre disposto a esclarece a todos os que até ele chegassem, fiquei a observá-lo também. Todos os que passavam o cumprimentavam respeitosamente, e ele retribuía com um largo sorriso e o mesmo respeito. Acho que ele já havia notado meu interesse, em observá-lo. Mas permanecia no mesmo lugar com uma serenidade, comparada a leva brisa da primavera...

Eu tinha muitas perguntas, muitas duvidas. Refletir um pouco, e resolvi me aproxima dele, não esperava que desse todas as respostas. Mas, talvez uma palavra que direcionasse o caminho mais certo a seguir.

Cheguei bem perto, do tão respeitável homem, o cumprimentei meio envergonhado,e ele me sorriu, dizendo: que o dia estava lindo, para ser contemplado; para sorrir com as flores e se iluminar com o brilho do sol.

Antes que eu falasse uma palavra se quer, ele olhou nos meus olhos, como se fitasse minha alma, e me perguntou se a vida não tinha me dado todas as respostas, e eu respondi, baixinho que não!

Ele sorriu com a mesma calma, respirou... olhando para o horizonte, e falou que o mundo e tão grandioso, e muitas vezes tentamos atravessá-lo inteiro em busca de respostas para o ser, que na verdade estão bem perto de nós. Então se virou e com sua mão tocou o meu coração.

Em meio a tantos encontros e desencontros da vida, muitas vezes caminhamos sem rumo, em busca de algo que faça nossos corações bater mais forte, caminhamos sozinhos, algumas vezes acompanhados, sentimos o vento da solidão que é frio, e quase que congela a alma. Mas nesses desertos que atravessamos sempre encontramos alguns oásis que nos alivia a sede, nos nutrindo a esperança.

Encontramos caminhantes como nós que nos proporcionam, com suas amizades ou indiferença, conhecimentos múltiplos, experiências únicas que nos tocam profundamente. Enfim começamos a perceber o sentido da vida, a encontrar nossas respostas.