MEUS DIAS CINZENTOS EM CAMAS DE ESPINHOS AMARELOS NAS INTENSAS NOITES BRANCAS DE INVERNO - 01

Todos os dias são os mesmos , aquela mesmice de sempre

eu saio de casa para o trabalho e meu despertador toda manhã ,me lembra que ainda estou vivo,me acordando com aquela musica , que eu adorava e que agora me enoja .

Me acordando de sonhos , que aliás foram todos apagados não me lembro a ultima vez que sonhei com algo de bom ,me lembrando que começa mais um dia de trabalho , se ele soubesse que me lembrar do trabalho não é nada saudavel , mas o despertador insiste em

me despertar para mais um dia de vida . Maldito despertador qualquer hora dessas mando esse filho da puta na parede de tinta azulada do meu quarto escuro .

ai quero ver interromper meus sonhos , ai quero ve-lo tocar aquela maldita musica ,abro os olhos olho ao espelho enquanto escovo os dentes , vejo em meus olhos escrito sua vida é uma merda

e você vai viver nela , se não fizer algo aquem do que as pessoas esperam de você ,penso comigo mesmo , devo estar enlouquecendo .

Abro a janela do meu quarto e a luz do sol matinal queima meus olhos , ligo a TV fico ali vidrado durante minutos , aquilo suga os poucos neuronios que me sobram na convivencia diaria , com pessoas que não contribuem em nada para o meu crescimento mental , profissional e espiritual .

Pedalar minha velha bicicleta até o serviço era meu único exerciçio diario , mas aquilo me tirava o folego de tal maneira a parecer que era um fumante viciado em nicotina ,minha dependencia do cigarro ou da bebida não chegavam ao nivel de viciado mas aquilo me ajudava a aliviar o quanto é sofrivel estar vivo , diariamente eu parava e pensava em suicídio , fazer como fez kurt cobain ,mas me vejo covarde demais

pra me enfiar uma dose na cara , então sigo em frente , afinal ainda vou ter que engolir muita merda , mas não vai ser uma tempestade que ira me impedir de alcançar o horizonte .

Meu dia de trabalho é uma merda , eu trabalhava na frente de um computador atráz de um balcão de loja , e dali ficava olhando as pessoas na rua , como se comportavam ,como se moviam , para lá e para cá , em movimentos circulares ,eu não as entendia , via seus sorrisos faceis , como se abraçavam sem motivos aparente

como seus olhos brilhavam , eu não conseguia entender tal sentimentos

sentia que a porta de vidro fosse como um labirinto transparente , eu conseguia ver as pessoas , eu conseguia ver seus brilhos mas por mais que eu tentasse não coseguia alcança-las , me perdia num imenso labirinto de vidros transparentes .

Acordo pra realidade as 6hrs , quando fecho asmalditas portas de vidro e monto na minha bicicleta a caminho de casa ,eu odiava o retorno pra casa , sempre tinha que passar em meio as pessoas no centro da cidade , sentia que o oxigenio não seria o suficiente pra mim e aquelas pessoas respirarem no mesmo espaço , e acho que todas aquelas pessoas já sabem disso , sentia olhares estranhos em minha direção , ficava pensando será que esqueci de vestir minhas calças , se não por que tantos olhares de indiferença em minha direção , mas não me importava muito já estava acostumado com tal situação em meus dias ,sempre seguia meu caminho contrario a multidão , e as pessoas que ambulam por ae sempre desprezara quem segue seus próprios passos .

na minha casa a única coisa que me interessava ali era meu quarto minha cama em dias de folga ficava ali deitado por horas a portas trancadas , olhando pro teto enquanto a musica tocava no som , não sabia o que se passava nos outros comodos da casa , não me interessava saber da vida alheia nem quanto o céu estava lindo , sol clareava as tardes de anoitecer só me interessava pela musica , pela poesia , e as mulheres ....

leandro egidio
Enviado por leandro egidio em 05/06/2014
Reeditado em 08/07/2014
Código do texto: T4833383
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