A CASA DA LOUCURA

Bispo estava ali, com seus olhos sigilosos, e a vontade de ver o cravo, sentir seu cheiro mesmo que fosse uma fragrância opaca, o grito de solidão que vem de Deus para o homem do meio. Verdades e mentiras, cântico de alguns homens que sangram nos passeios da dor. Como a formiga devorando o cadáver da hiena e o mendigo ao Rei! Desejos cegos, a saber, mas sequer deseja a luz da lua refletida naquela gruta escura. Não é bonito. Não nos é escrito pelo poder. Código sem fim de toda aquela gente. Cumpre Viver nos espaços cercados de concreto e a ouvir gritos à beira do papel roxo das paredes, deixar inscrito capítulos da vida inteira. Apagar a passagem pela vida, como com recado grades e mais grades. Os códigos de seus passos interno, no mais é o fracasso dos ossos não de seu ser mas da alma é só estar num viver até o fim. Deixar a palavra em um gelo profundo. A noite que aflora em duetos e o desafio de seu universo numa vala.

Tudo na casa da loucura traz o mormaço, dor e gemidos. As estrelas gargalham, no entanto o sangue e as coisas tremem como o parasita que nas horas que menos se espera penetra a mente. Tudo esta em cadeia oculta, onde a parte que cabe á Bispo na terra que não é sua.

A onda do tempo oscila na batida que respira o outro que partiu numa caixa de madeira para trás do muro, (pobre de seus passos). Sim a canção sem vida. O cheiro de naftalina que arde seus olhos, os ratos que cruzam a porta trazendo seus dilemas.

Fora do calabouço as pérolas rangem sem melodia nesse casulo de colcha de retalho. Da espuma da cama, tal como a casa luzente tira o seu elmo de viking aonde reina sua angustia sua tortura em vários pesadelos com o peso de uma bomba jogada em sua Hiroshima a fazer uma metamorfose no cio da sua loucura.