O ULTIMO CACIQUE
O ULTIMO CACIQUE
No caminho arrastava uma minhoca, na margem do rio um índio sem cocá olhava o horizonte. Não havia nada de estranho naquilo, apenas seus passos vermelhos de estanho procurava algo. Quem por Ubiratan choraria? Caminhava num mundo ainda surdo por ele? Olhava ele, ha esperar que um gavião pousasse em seus ombros frios. Seu corpo pedia asilo, suas pálpebras cansadas e só terra em sua frente. Concêntricos impulsos se instalavam em sua cabeça. Um ser que se movia e cujas palavras eram como fontes secas a murmurar em prumo no voltear da tribo fantasma. Passo a passo retornou a amarga trilha do passado. Via a luz do sol entrando pelas picadas da floresta que sem trafego de bichos. Sentia o cheiro de terra molhada que saudade. Sentia as engrenagens das maquinas ao longe o tempo unia os cantos de sua alma e ás vezes a única saída era jamais voltar ao futuro. As conjunções do eu de Ubiratan Suplantou-lhe o ego, fez seu neutro se unir ao ferro e alumínio A flor que erguia altiva em ser entre as pedras do amazonas, quanta vontade em querer viver a sombra dos beijos de Mara. Pétalas como barcaças desciam de sua voz, da ponte suas alças enchia de silêncio a picada do urubu. Deitou-se no divã de pedra e chorou o pranto justo sem meio e fim. Implorava Contemplando o espelho de água suja agora de iodo grosso e sua cor era vermelha se tal ainda que era moço. No morrer tinha o por do sol como digital dos deuses da mata, o de hoje não será madrigal como os dias serão meses. Naquele dia Ubiratan esteve no inferno, viu carneiros vestidos de mulheres. Foi ao ceú, viu cordeiros e um rio cheio de meninos nus gritando, voltou ao inferno em fez de calor ali fazia frio.