DEPRESSÃO E DECLIVE

DEPRESSÃO

O dia cai, quebrando a manhã, destronca a tarde e ingressa-se na noite, O mundo vai além, um mundo aonde sou rei. Minha hora meu cenário, minha boca, meus dentes. O sol, lua, Júpiter vejo que já é hora de acordar. Faço do agora o açoite, a paz esta sem teto, e nem aflora o alto e o reto sem memória.

Ricard porte, era um pequeno cordão que tinha sede de duzentos véus que os olhos viram. Peças de ferro que circundavam o deus negro cravejado de esmeraldas e o buquês de d'água. Um misto que enche o gueto de paz. Os olhos azuis de Eva miúda, com seus pés e uns trocados nas mãos. Nua em pelo seu corpo já não era o mesmo, eu muito menos com essa alma de pedra então fui para a boêmia, porque sou boêmio. As farpas são minha essência. As farpas choram em mim. A morte é farpa e os cupins que nos comem, seremos levados para a lua e ali rançaremos os dentes. Por meio de um lago, sinto e flerto com o sacramento dito as normas que me da medo, a loucura de todos nos e os venenos que andam por ai.. Assim, são meus olhos, mas como me encarar, se eu não sei ver? Eu tinha um céu, e sobre ele um escuro véu, onde eu entrava, e ninguém via. E fui construído como finito homem vim sem esperança alguma, nu e sem água. Eu tinha um lobo guará dentro de meu peito como companhia, Era como um poeta um Rimbaud que mergulhava nas águas do Pirapora e gladiava com as garras da onça pintada. Um dia esse lobo sumiu, E surgiu o vácuo e o fosco. De dentro dele dois mundos. Coisas estranhas, insondáveis. Assim nos vastos olhos e na boca onde outrora havia cem Beijos ah! O arame farpado rasgava o cio e a carne. Por vir tarde perdi a calma. Ah! a hora que a ave agoreira toca a boca do dia. Na manhã encontrei aqueles olhos vermelhos, estavam lidos pelos meus, uma mesa lida pelos olhos do mundo que mundo,qual mundo.