imagem google
DISFARCES
Dali a algumas horas seria o casamento, eles eram um dos
convidados, amigos dos pais da noiva. Era necessário
providenciar roupas especiais para o evento. Talvez
aquele terno azul que foI usado na formatura da filha há
alguns anos atrás...talvez o vestido vermelho de renda que
ainda estava na moda. Cerimônias assim são feitas para que os noivos passem para uma outra fase da vida, são marcos históricos e por isso tantas pessoas fazem questão de pompa
e circunstância.
Ela já providenciara a tintura dos cabelos, naquela idade
o branco já haviam tingido naturalmente alguns fios
e ela preferia esconder com uma tinta do mesmo tom castanho
de quando ainda era jovem. Precisava também buscar uma
maquiagem que disfarçasse as manchas de sua pele, por
causa do Vitiligo que descoloria aos poucos sua epiderme.
Já havia feito únumeros tratamentos, já usara tantos remédios,
mas nada adiantava, diziam que era de fundo emocional, que
era uma doença auto-imune.
Ela precisava ir comprar uma base para disfarçar as manchas
que haviam em seu pescoço, seu rosto, suas mãos.
Uma preguiça enorme invadia seu corpo, uma sensação de
inutilidade, de desimportância.
Adiantaria gastar seu parco dinheiro para que não percebes-sem suas manchas? Adiantaria continuar um tratamento caro
que não parecia surtir efeito?
Não seria talvez melhor retirar a máscara que usava há tanto
tempo, que disfarçava a sua vontade de ser realmente
quem era e deixara há tanto tempo de ser?
E será que ela ainda sabia quem era? Será que ainda
havia nela algum referencial?
Uma mulher que deixara seus sonhos para trás, que
não se achava mais com direito de sonhar?
Máscaras, disfarces, obrigações...
Qual seria a verdade daquela mulher?
Nem ela mesmo sabia!
DISFARCES
Dali a algumas horas seria o casamento, eles eram um dos
convidados, amigos dos pais da noiva. Era necessário
providenciar roupas especiais para o evento. Talvez
aquele terno azul que foI usado na formatura da filha há
alguns anos atrás...talvez o vestido vermelho de renda que
ainda estava na moda. Cerimônias assim são feitas para que os noivos passem para uma outra fase da vida, são marcos históricos e por isso tantas pessoas fazem questão de pompa
e circunstância.
Ela já providenciara a tintura dos cabelos, naquela idade
o branco já haviam tingido naturalmente alguns fios
e ela preferia esconder com uma tinta do mesmo tom castanho
de quando ainda era jovem. Precisava também buscar uma
maquiagem que disfarçasse as manchas de sua pele, por
causa do Vitiligo que descoloria aos poucos sua epiderme.
Já havia feito únumeros tratamentos, já usara tantos remédios,
mas nada adiantava, diziam que era de fundo emocional, que
era uma doença auto-imune.
Ela precisava ir comprar uma base para disfarçar as manchas
que haviam em seu pescoço, seu rosto, suas mãos.
Uma preguiça enorme invadia seu corpo, uma sensação de
inutilidade, de desimportância.
Adiantaria gastar seu parco dinheiro para que não percebes-sem suas manchas? Adiantaria continuar um tratamento caro
que não parecia surtir efeito?
Não seria talvez melhor retirar a máscara que usava há tanto
tempo, que disfarçava a sua vontade de ser realmente
quem era e deixara há tanto tempo de ser?
E será que ela ainda sabia quem era? Será que ainda
havia nela algum referencial?
Uma mulher que deixara seus sonhos para trás, que
não se achava mais com direito de sonhar?
Máscaras, disfarces, obrigações...
Qual seria a verdade daquela mulher?
Nem ela mesmo sabia!