A chuva
Fria manhã de inverno. O vento soprava forte dentre as arvores que se contorciam como se musica pudessem ouvir e ouvindo, dançassem. O sol a muito não se mostrava no céu, as nuvens o tinha encoberto. A casa simples toda construída de garapeira, madeira de uma arvore muito resistente, nos protegia do frio castigador que, ao menos duas ou três vezes por ano, passava por ali. Durava até três dias, pouco tempo até, mas era o suficiente para nos deixar o dia todo debaixo dos cobertores. Ao redor da casa havia muitas flores, minha avó adora flores, à frente, uma enorme mangueira se erguia com seus galhos compridos que chegavam até o telhado da casa, sua sombra era local de muitas conversas e risos no café da tarde. Vovó costumava fazer bolinhos de trigo e nós os comíamos acompanhado de um saboroso café, logo em seguida meus tios voltavam para a roça. Nunca vou me esquecer daquele tempo.