Coincidências...

 
Naquela tarde divagava caminhando em meio às flores do seu jardim. 
Pensamentos longínquos ao lembrar-se de sua vida, de seus sonhos! 
Que eram tão maravilhosos que de repente passou a ser um tormento. 
Como entender! Por quê? Porque tudo aquilo estava acontecendo? 
Logo ela, que buscou, conquistou e prosperou. Agora, o seu mundo é de total silêncio. 
Apenas olha, fala, mas não tem retorno causando uma angústia.

Lápis e papel seria uma opção. . . Diante daquela situação!
Deus que solidão, mesmo com pessoas ao seu redor que não percebem o que ela está a viver. 
Os porquês davam sequências aterrorizando dentro do seu âmago. 
Só as lembranças o olhar perdido no infinito naquele instante, 
Queria voltar ao tempo de outrora, na esperança de poder ouvir. 

A vida trouxe-lhe surpresas e ao refletir pensou: ah, seria tão bom! Pensava. Seus conceitos agora seriam outros, quantas lembranças aglutinadas; quantas coisas não faria, e tantas faria.  Continuou olhando no seu jardim o seu lugar preferido, lá, sentia-se feliz. Foi quando então percebera que ela agora parecia àquelas flores. 
Quando tocada, acariciada, tão amada, mas não escutava suas palavras que certamente eram jogadas ao vento... Foi quando então despertou para
 a cruel realidade do seu mundo! Enfim, uma lágrima deslizou levemente por sua face rosada e pingou na rosa. 
Num murmúrio fechou-se ainda mais dentro de si; ao admirar a linda rosa, perfumada e de fino trato. Porém, ela não ouvia ninguém; a única voz que ouvia era a voz de sua alma que explodia do seu âmago com toda altivez deixando-a em constante agonia... Mas por outro lado, não ouvia mais as criticas e nem os elogios... Ah, e as frases de amor! Lágrimas doridas:
eternas moradoras de sua Alma! 
 

 
                         Mary Jun 

Mary Jun
Enviado por Mary Jun em 03/02/2014
Reeditado em 08/11/2024
Código do texto: T4676614
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