MULHER DEVERIA SER SÓ PRA NAMORAR

Foi João quem falou para ela, nestas alturas irritado, depois de mais uma briga:

- Homem deveria casar com homem!

Ela, entre espantada e irritada, olhou-o entre cética e incrédula, retrucou:

- Por que isto agora?

- Se um homem casasse com outro, nenhum reclamaria de toalhas jogadas no chão. No final da tarde, um chamaria o outro para uma “gelada” e o outro logo toparia. Aos domingos poderiam ir juntos para uma pelada, sem maiores explicações. Vai fazer isto com uma mulher...

- E tem mais, mulher só serve mesmo é pra namorar. O diálogo entre homem e mulher é igual à conversa com ET.

- Você não me compreende mesmo, disse Carmem.

- Não tem como, retrucou João. Você sofre por tudo e faz drama até pelas minhas cuecas jogadas no chão. O que é que custa juntar? Além disto é um ótimo exercício, disse ele cinicamente.

- Está me chamando de gorda? Nem adianta. Sei que está...

E foi mais uma lágrima que escorreu por seu rosto e lamentos da vida que levavam a dois...

Ele irritado resolve sair, batendo a porta. Ela aos prantos liga para a mãe chorando.

Este é um conflito que se arrasta desde a época em que as maçãs ainda estavam verdes. Quando Eva as descobriu já haviam ficado vermelhas...

João foi para o bar e lá estava seu amigo Antônio.

- Não se pode nem peidar pela casa que a “outra” reclama. E cagar de porta aberta então! É coisa do outro mundo, para ela. Arrotar? Nem pensar! Diz que sou um Ogro. Falou João.

- Acho que os homens estão deixando de ser homens por culpa das mulheres, disse Antônio.

- Cara... Precisamos delas. Como vamos viver sem elas? Além do sexo, têm os filhos, as cuecas lavadas, a comidinha caseira gostosa.

- Mas lá em casa não tem nada disso. Dividimos as tarefas, falou Antônio, conformado com as atribuições da vida moderna.

- Faltam vantagens hoje, disse João.

- Já casei três vezes e para manter “a atual” só dividindo tarefas.

- Mulher deveria servir só pra gente namorar. Casar! Casar mesmo, deveríamos casar com outro homem!...

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10.01.14

MÁRIO FEIJÓ
Enviado por MÁRIO FEIJÓ em 10/01/2014
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