Tarde na praça

Em uma tarde de sol às quatro horas, fui levar os sobrinhos e meu filho para brincar em uma praça de minha cidade que se chama: praça jardim dos namorados, enquanto os meninos estavam brincando na gangorra, minha sobrinha me pediu que eu a empurrasse no balanço, já que ela não alcançava o chão, outro menino se aproximou e sentou no balanço ao lado, ao tomar impulso minha sobrinha sorria muito e o sorriso é contagiante... Eu também sorri muito foi uma tarde divertida, só que algo inesperado aconteceu um rapaz que tem problemas mentais cujo nome é Natalino e eu já o conhecia,ele as vezes era violento,veio subitamente em minha direção e eu olhei assustada aquele rapagão com o dobro de minha altura e largura, que até parei de impulsionar o balanço, em seguida ele segurou bem forte a corrente, e o balanço parou, o menino do lado parou, os outros meninos pararam de brincar e vieram olhar o que estava acontecendo, minha sobrinha olhou para mim muito assustada com seus olhinhos pretos quase que numa expressão de: socorro tia...Parei atônita por um instante e retribuí o olhar à minha sobrinha 'tenha calma', e perguntei à natalino quase sem forças nas pernas :

_Você quer brincar no balanço?

Ele meio que surpreso e/ou confuso respondeu com a voz grave:

_Quero.

Pedi a minha sobrinha que cedesse o balanço para ele e depois de muita dificuldade para se acomodar ao balanço, comecei a impulsioná-lo, cada vez que o impulsionava mais e mais ele sorria mais alto, sua rizada foi tão forte que todos começaram a sorrir também.

Foi então que percebi que não importa o que acontece, as surpresas da vida, e sim o seu posicionamento diante das situações, eu prefiro ainda acreditar no lado bom das pessoas...Afinal de contas somos eternas crianças...

Luciana Valentino
Enviado por Luciana Valentino em 31/12/2013
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