O pai de Rose (Conto ) - Livro Mensagens para família 2014
Rose estava na cozinha preparando jantar, depois de um dia corrido no trabalho, quando o telefone tocou sem parar. Era a irmã que morava na Bahia. Regina ligou chorando e com a voz irritada. Ela reclamava que o pai de 78 anos estava dando muito trabalho a ela. Gritando no telefone, ela dizia que Seu Romildo passava o dia inteiro sentado no sofá fazendo palavras cruzadas e não a ajudava a fazer o serviço doméstico.
Além disso, durante a noite, acordava tossindo quando se engasgava e acordava ela e os dois filhos.
Indignada, Rose falou que ela precisava ter paciência com o pai, já que estava idoso e necessitando de cuidados especiais. A irmã de Rose alterou a voz e respondeu que não tinha mais paciência com o pai. Ela e o irmão, inclusive, que também morava na Bahia, estavam juntando dinheiro para colocar o pai num asilo.
Rose ficou com lágrimas nos olhos. Imediatamente se lembrou da infância, quando ela corria com o pai pelo quintal. Lembrou também da boneca que ganhou no Natal quando tinha dez anos de idade e o pai, na época, sem emprego fixo, trabalhou como pedreiro para juntar dinheiro e dar presentes para ela, a irmã e o irmão.
Com o peito doendo, Rose respondeu para a irmã que não ajudaria a colocar o pai no asilo. As duas começaram a discutir e Rose desligou o telefone triste e chorando.
Depois do jantar, ela contou para o marido o que havia acontecido. Queriam internar seu pai num asilo e ela não iria permitir. O marido, muito compreensivo, concordou com ela. Os dois resolveram adiantar as férias de final de ano para visitarem a família na Bahia e convidarem o pai para morar com eles no Rio de Janeiro.
Decidida, no dia seguinte, Rose ligou para a irmã e contou a novidade. Regina ficou sem graça, mas gostou da ideia e perguntou quando a irmã tiraria férias. Rose disse que ela tivesse paciência pois dentro de um mês, ela e o marido, iriam para a Bahia buscar o pai.
Enquanto o dia não chegava, a irmã ligava toda noite para reclamar de Seu Romildo. Cada dia era uma história diferente. Um dia dizia que o pai urinou antes de chegar ao banheiro. No outro, que ele derrubou um jarro da sala. Todos os dias ela tinha uma reclamação diferente.
Rose resolveu adiantar as férias, pediu ao marido para cuidar da casa e dos filhos e viajou para a Bahia. Ao chegar na casa da irmã, ficou comovida ao ver o pai, sentadinho no sofá, humilde, com a cabeça branquinha e olhando triste pela janela. Desconfiado, ele olhou para a filha mais velha com os olhos marejados de lágrimas e perguntou se ela iria levá-lo para o asilo. Rose deu um sorriso acolhedor, abraçou o pai e disse que estava ali para convidá-lo para morar com ela. O pai abriu um sorriso.
Uma semana depois, Rose estava em sua casa no Rio, acompanhada do pai. Seu Romildo foi recebido pelos netos com festa. O genro lhe deu um forte abraço e ficou feliz também com a presença do sogro.
Os dias se seguiram tranquilos. Todos os dias, antes de trabalhar, Rose dava uma volta pelo condomínio com o pai. Eles aproveitavam para recordar quando ela era criança.
De tanto amor recebido, seu Romildo virou outra pessoa. Completou 80 anos, aparentando menos idade. Agora ele mesmo, sadio, corado e disposto, aproveitava e saía pela manhã para dar voltas pelo quarteirão. Muito espirituoso, se tornou o alegria do bairro.
Antes de dormir, todos os dias Rose agradecia a Deus pela oportunidade de retribuir com amor, tudo o amor que o pai lhe dedicou na infância e na juventude. A presença do pai deixou a casa da família mais feliz e acolhedora. Seu Romildo, agora, junto com os netos, e outros jovens do condomínio, construíram uma pequena horta que serviria mais tarde a todos os moradores. Finalmente, nos braços da filha mais velha, ele encontrou uma velhice tranquila e amorosa.
Autor: Antonio Marcos Pires
Antonio Marcos Pires " Tuninho Malvadeza" é Jornalista, Radialista, Escritor e Poeta e autor dos livros MENSAGENS POSITIVAS ( LIVRO + CD), MENSAGENS DE NATAL ( LIVRO + CD ) e MENSAGENS PARA AS MÃES (LIVRO) - Editora Santuário - SP
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E-mail do autor: amrp@globo.com
Rose estava na cozinha preparando jantar, depois de um dia corrido no trabalho, quando o telefone tocou sem parar. Era a irmã que morava na Bahia. Regina ligou chorando e com a voz irritada. Ela reclamava que o pai de 78 anos estava dando muito trabalho a ela. Gritando no telefone, ela dizia que Seu Romildo passava o dia inteiro sentado no sofá fazendo palavras cruzadas e não a ajudava a fazer o serviço doméstico.
Além disso, durante a noite, acordava tossindo quando se engasgava e acordava ela e os dois filhos.
Indignada, Rose falou que ela precisava ter paciência com o pai, já que estava idoso e necessitando de cuidados especiais. A irmã de Rose alterou a voz e respondeu que não tinha mais paciência com o pai. Ela e o irmão, inclusive, que também morava na Bahia, estavam juntando dinheiro para colocar o pai num asilo.
Rose ficou com lágrimas nos olhos. Imediatamente se lembrou da infância, quando ela corria com o pai pelo quintal. Lembrou também da boneca que ganhou no Natal quando tinha dez anos de idade e o pai, na época, sem emprego fixo, trabalhou como pedreiro para juntar dinheiro e dar presentes para ela, a irmã e o irmão.
Com o peito doendo, Rose respondeu para a irmã que não ajudaria a colocar o pai no asilo. As duas começaram a discutir e Rose desligou o telefone triste e chorando.
Depois do jantar, ela contou para o marido o que havia acontecido. Queriam internar seu pai num asilo e ela não iria permitir. O marido, muito compreensivo, concordou com ela. Os dois resolveram adiantar as férias de final de ano para visitarem a família na Bahia e convidarem o pai para morar com eles no Rio de Janeiro.
Decidida, no dia seguinte, Rose ligou para a irmã e contou a novidade. Regina ficou sem graça, mas gostou da ideia e perguntou quando a irmã tiraria férias. Rose disse que ela tivesse paciência pois dentro de um mês, ela e o marido, iriam para a Bahia buscar o pai.
Enquanto o dia não chegava, a irmã ligava toda noite para reclamar de Seu Romildo. Cada dia era uma história diferente. Um dia dizia que o pai urinou antes de chegar ao banheiro. No outro, que ele derrubou um jarro da sala. Todos os dias ela tinha uma reclamação diferente.
Rose resolveu adiantar as férias, pediu ao marido para cuidar da casa e dos filhos e viajou para a Bahia. Ao chegar na casa da irmã, ficou comovida ao ver o pai, sentadinho no sofá, humilde, com a cabeça branquinha e olhando triste pela janela. Desconfiado, ele olhou para a filha mais velha com os olhos marejados de lágrimas e perguntou se ela iria levá-lo para o asilo. Rose deu um sorriso acolhedor, abraçou o pai e disse que estava ali para convidá-lo para morar com ela. O pai abriu um sorriso.
Uma semana depois, Rose estava em sua casa no Rio, acompanhada do pai. Seu Romildo foi recebido pelos netos com festa. O genro lhe deu um forte abraço e ficou feliz também com a presença do sogro.
Os dias se seguiram tranquilos. Todos os dias, antes de trabalhar, Rose dava uma volta pelo condomínio com o pai. Eles aproveitavam para recordar quando ela era criança.
De tanto amor recebido, seu Romildo virou outra pessoa. Completou 80 anos, aparentando menos idade. Agora ele mesmo, sadio, corado e disposto, aproveitava e saía pela manhã para dar voltas pelo quarteirão. Muito espirituoso, se tornou o alegria do bairro.
Antes de dormir, todos os dias Rose agradecia a Deus pela oportunidade de retribuir com amor, tudo o amor que o pai lhe dedicou na infância e na juventude. A presença do pai deixou a casa da família mais feliz e acolhedora. Seu Romildo, agora, junto com os netos, e outros jovens do condomínio, construíram uma pequena horta que serviria mais tarde a todos os moradores. Finalmente, nos braços da filha mais velha, ele encontrou uma velhice tranquila e amorosa.
Autor: Antonio Marcos Pires
Antonio Marcos Pires " Tuninho Malvadeza" é Jornalista, Radialista, Escritor e Poeta e autor dos livros MENSAGENS POSITIVAS ( LIVRO + CD), MENSAGENS DE NATAL ( LIVRO + CD ) e MENSAGENS PARA AS MÃES (LIVRO) - Editora Santuário - SP
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