O DIVÃ, O RELÓGIO E A CIGANA EM MIM

Olá meu bom divã. Boa Tarde!
Sabe...às vezes consigo diagnosticar certos ares enfermos que me abatem: quando a melancolia começa a evoluir para uma tristeza, sei que é minha Alma Cigana querendo liberdade.
Paro... dou permissão a ela para transportar-se àquele campo bucólico... aquele... cujos movimentos são sentidos apenas por conta da brisa.
E de repente uma ventania rouba meu perfume e me obriga a girar e correr contra o vento, sorrindo, rindo, abraçando o mundo...cabelos pelo ar...saias, rendas, colares e brincos... tudo se tocando ... tudo sonorizando no ar ... é ...
É o Amor da Criação que está no ar! sei disso porque é o momento em que sinto meu sangue correr e o coração pulsar...
e o pulso do violino entre meus dedos ... ah... o belo instrumento se aconchega no meu ombro e é o único com o poder de me fazer parar,
recostar na velha figueira, machucar suas cordas, musicar ...
livre, livre, livre ... !
"- Já deu uma hora, querida. Terminada a sessão. Até a próxima. "


                                                                        


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Marisa Silveira Bicudo
Enviado por Marisa Silveira Bicudo em 07/12/2013
Reeditado em 12/04/2014
Código do texto: T4601961
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