401
_ E aí, Carlos, tudo bem?
_Beleza, viu a nova vizinha do 401?
_ Não, é bonita?
_ Bonita?? É muito gostosa! e que rabo!
_ É mesmo? conversou com ela?
_ Não, parece difícil, mas vou tentar.
_ Porra, vou nessa também!
_ Porra, eu vi primeiro, não atrapalha!
_ Ora, tá escrito teu nome no rabo dela?
_ Tudo bem, quem se aproximar primeiro leva. Tudo bem?
_ Feito, aproximou, o outro sai.
_ Combinado.
Dália era a nova moradora do edifício Portinari, gostou do nome e, claro, da sua localização, próximo ao trabalho e bem servido, ao seu redor com várias opções de lazer e vários serviços. Bonita, 1,70cm de altura, corpo bem distribuído, cabelos pretos, olhar afetivo, doce e um sorriso que é um verdadeiro convite a compartilhar sua alegria e encanto. Independente, morando só, apesar de namorar firme, deixou isso bem claro para o namorado, não abriria mão de sua individualidade, é que chamamos de mulher de personalidade.
Acordava cedo, fazia suas tarefas domésticas, colocava em ordem e e planejava o que iria realizar ou descartava o supérfluo. Iniciava o trabalho às 14h e encerrava às 20h. Ao meio-dia circulava por um motivo ou outro no corredor, vizinha do Carlos e do Vítor, seus admiradores.
Estavam os dois conversando alegremente quando aparece a sua vizinha, com sorriso de cordialidade e boa vizinhança, para e conversa com os dois.
_ Bom dia, tudo bem?
_ Ótimo-diz Vitor-beleza.
Ambos com sorriso de quem marca um gol.
_ Vejo vocês sempre juntos, é legal ter amigos.
_ E você? tem namorado? pergunta Vítor.
_ Você mora só? fala Carlos.
_ Calma, garotos!!
Nisso aparecem as mães dos dois:
_ Ei, moça, não dê moleza para esses dois.
_ Isso mesmo-completa a mãe do Carlos.
_ Tudo bem, prazer, sou Telma, mãe do Vítor.
_ Prazer, Camila, mãe do Carlos.
_ Não dê moleza a esses dois, apesar de terem apenas 10 e 11 anos, esses capetinhas já se acham homens e de vez em quando aprontam por aqui.
_ É mesmo? ha ha ha!!!_riu lindamente Dália e foi embora, deixando o seu encanto.
_ Já para dentro e vê se se apronta rápido para a escola, hein?- falam as mães em uníssono dos dois garanhões.