COISAS DE PARENTES

Marca-se no relógio do tempo por mais de um quarto do século que eu ainda jovem e cheio de energia após pedir a um tio um emprego vim trabalhar em sua empresa. Ela encontrava-se em fase falimentar muito embora com as obras finais complementadas, um débito com agiotas avolumado.

Assumi o Departamento de Compras e Almoxarifado

quando verifiquei o barco furado do empreendimento.

Não obstante dei tudo de mim transformando-me no mais ferrenho funcionário. Toda falha encontrada na administração geral e apontado por mim, logo logo eram encaminhadas ao meu Departamento a fim que eu as resolvesse.

Assim virei-me um faz tudo. Chefe de vigilância, Coordenador de Transporte, Diretor de Plantão, Supervisor de Manutenção, Diretor de Arrecadação da Escolinha e dos Bares e Restaurantes ( complexo de sete unidades), além é claro do Almoxarifado e Depto. de Compras.

Veio então o estágio sucessório, além de meus afazeres na empresa possuo os meus negócios particulares. Era uma administração acadêmica e em meu lugar foram colocados oito doutores.

Fui colocado em estaleiro administrativo esperando que o tempo passasse. Meus negócios particulares exigiram minha presença. Demite-me da empresa do meu tio agora dirigida por um primo e fui à luta.

A vida financeira dos país naquela época era uma gangorra ativa. Ninguém conseguia equilibrar nas próprias pernas e esse fenômeno me atingiu.

Voltei à empresa e coloquei-me a disposição do meu primo. Pediu que aguardasse e isso faço até hoje.

Com o meu histórico ainda hoje faço parte do Conselho Fiscal da empresa. Portanto atualizo-me com a situação da empresa. Não tenho nenhuma autonomia.

Na assembleia geral o meu primo com voz embargada colocou-nos a par da situação.

Pedi a palavra falando que a situação da empresa se via saudável, embora a crise do mundo a pegou de jeito ela tinha patrimônio suficiente para empatar o que não havia com o mundo...

Bem à boca miúda fiquei sabendo que um babá dos sobrinhos do meu primo ganhou um bom premio na Mega Sena e ele incontinenti foi lhe pedir um empréstimo. Foi negado...

Se fosse eu o premiado é claro, é lógico eu o estaria ajudando.

Goiânia, 07/11/13.