Não esquecí

Isso faz muito tempo.Mas ainda me lembro muito bem.
Eu só tinha cinco anos ainda muito criança, eu brincava com bolinhas de vidro.

As criançada que estudavam comigo iam para minha casa,quase todos dias quando vinham da escola. Sempre tinha dois coleguinhas que chegavam mais cedoporque em sua casa não tinha muito o quecomer e meu pai sempre o chamava para ficar la em casa.E depois do jantar,as 4 horas da tarde,agente começava a brincar.
Na frente de casa.
Havia o espaço que agente chamava de terreiros.Aterra era vermelha e fina e meus pai não deixava que eu sentasse no chão e colocava uma cadeira para cada um dos garotos .
Era brincadeira favorita para os meninos .mas como as meninas eram  mais poucas ,o jeito era entrar no jogo de bolinhas de gude.
Minha mãe não gostava e dizia que aquela era brincadeira de menino e me chamava para sentar no seu colo.As vezes ela fazia cafuné na minha cabeça e eu acabava dormindo mais rápido .

A brincadeira funcionava assim:
Todos sentados nas cadeiras assistia dois jogadores até que um deles perdesse todas bolinhas.
Aguardava.E quando um perdedor saisse outro jogador entrava para assumir o lugar. Chegava a minha vez eu  me levantava e entrava no jogo para ganhar ou perder tudo.
Mas eu raramente perdia,.Eu sempre ganhava as bolinhas dos outro competidores.
Quando a noite chegava a lua ajudava para outras brincadeiras.A cobra cega,o pega pega,o bôbo e outras.

Mas meu pai não se importava que eu brincasse em casa depois de fazer as tarefas,não deixava que eu fosse para as casas dos colegas.
A criançada que não tinha bolinha de vidro,tinha de comprar em qualquer mercearia e havia apenas uma que vendia as bolinhas de vidro,era a do meu avô.
Ninguém podia entrar no jogo se não tivesse bolinhas de vidro e muitas crianças naquele tempo não tinha brinquedos,as vezes quando eu via uma criança com um bonequinha,eu chorava,pedia a meu pai .
Lembro bem quando ele me colocava no colo e falava para mim que o dinheiro não deu para comprar.Eu me banahva toda de lágrimas,só meu pai trabalhava para sustentar os oito filhos.
Meu Pai era agricultor e trabalhava no engenho de cana e também era sapateiro e celeiro ele  confeccionava sapatos,celas e arreios para animais.
Ele tinha muitos oficios.
Muitas vezes no intervalo do recreio eu observava os meninos 
jogar bolas de vidro no pátio da escola.
E havia dois amigos que ganhavam bastante bolinhas.Enchiam os bolços de bolinha e eu dizia comigo mesmo,vou convidá-los para irem brincar no alpendre lá de casa as vistas do meu pai.
Eu jogava e ganhava todas.
Mas por causa das confusões que surgia,meu pai vigiava o jogo era tipo uma aposta,jogava-se uma bola na do colega se acertasse,ganharia a bolinha dele.
As vezes eles perdiam todas suas bolinhas e ficavam bravos querendo de volta sua bolinha,mas não podia ,perdeu perdeu pronto jogo encerrado.
Meu pai monitorava enquanto trabalhava o nosso jogo.
Eu,era a única de mão esquerda que jogava e ganhava todas as bolas,enchia o meu saquinho de bolinha,porisso quase apanhei de um colega que veio achando que ganharia todas as bolas minha.
Falava.
-Eu vou pegar aquela canhota.
Hoje eu ganho todas bolinhas dela.
Eu já sabia o que ele vivia falando,eu estava com medo,mas meu estava ali pertinho sempre olhando para mim.
Um dos colegas havia me falado.
Simar me convidou para jogar.
Eu falei para ele.
-Só se for lá em casa.
Mas ele não aceitou só queria jogar se fosse na casa dele.
Mas meu pai não deixava eu era uma menina,só brincava com meninos se fosse na presença de meu pai.

"Na vastidão do infinito somos um único ser.Mas na imensidão da energia do amor somos o Epicentro."

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autorafatimacoelho




 
escritorafatimacoelhosoar
Enviado por escritorafatimacoelhosoar em 05/11/2013
Reeditado em 22/05/2017
Código do texto: T4558060
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