Você alimenta maledicências?

Caminhava numa estrada de terra batida e encontrei um mendigo sentado à beira do caminho e lhe ofereci ajuda.

-Meta-se com sua vida da minha cuido eu; disse o homem irritado.

Segui meu caminho afinal ninguém é obrigado a aceitar ajuda, no final da tarde entrei na cidade e era alvo das línguas das pessoas que diziam que eu era intrometido nos assuntos dos outros; fiquei furioso por ser chamado de intrometido nos assuntos dos outros por oferecer ajuda a alguém na beira da estrada.

Uma semana depois seguia pela estrada de pedra e lá estava o homem passei direto e nem pra ele olhei.

-Vai seu egoísta que a ninguém ajuda.

No final da tarde quando volto à cidade estava novamente na boca do povo como indiferente ao sofrimento dos outros; apesar de furioso mantive a calma.

Mas sempre que eu entrava na cidade havia um falatório: eu era intrometido, indiferente, mesquinho...

-Ele vem morar aqui há alguns meses e já trata mal um pobre homem solitário.

Descobri que o mendigo não vivia com a família porque ninguém conseguia agradá-lo, sempre tinha uma queixa a fazer de alguém; muitos na cidade já tinham sido vitimas das suas insatisfações, porém alimentavam a maledicência do homem por dar ouvido as suas intrigas.

A lição: aprendi que algumas pessoas são impossíveis de agradar e ajudar e que podemos aumentar as barreiras que criaram por dar ouvidos as suas maledicências.

Marya Ferreira
Enviado por Marya Ferreira em 30/10/2013
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