Você alimenta maledicências?
Caminhava numa estrada de terra batida e encontrei um mendigo sentado à beira do caminho e lhe ofereci ajuda.
-Meta-se com sua vida da minha cuido eu; disse o homem irritado.
Segui meu caminho afinal ninguém é obrigado a aceitar ajuda, no final da tarde entrei na cidade e era alvo das línguas das pessoas que diziam que eu era intrometido nos assuntos dos outros; fiquei furioso por ser chamado de intrometido nos assuntos dos outros por oferecer ajuda a alguém na beira da estrada.
Uma semana depois seguia pela estrada de pedra e lá estava o homem passei direto e nem pra ele olhei.
-Vai seu egoísta que a ninguém ajuda.
No final da tarde quando volto à cidade estava novamente na boca do povo como indiferente ao sofrimento dos outros; apesar de furioso mantive a calma.
Mas sempre que eu entrava na cidade havia um falatório: eu era intrometido, indiferente, mesquinho...
-Ele vem morar aqui há alguns meses e já trata mal um pobre homem solitário.
Descobri que o mendigo não vivia com a família porque ninguém conseguia agradá-lo, sempre tinha uma queixa a fazer de alguém; muitos na cidade já tinham sido vitimas das suas insatisfações, porém alimentavam a maledicência do homem por dar ouvido as suas intrigas.
A lição: aprendi que algumas pessoas são impossíveis de agradar e ajudar e que podemos aumentar as barreiras que criaram por dar ouvidos as suas maledicências.