O ENCONTRO
Decidida entrou naquela mata.
O vento frio era como a canção daquela madrugada.
A menina abandonada, moída pela tristeza, caminhava decidida; nos braços, o filho, ou melhor, o menino; nascido de pouco, fruto de uma tentativa frustrada de amor por alguém que não aceitou;
Pensamentos confundiam-se com o gelo na alma...
E assim, procurou calmamente um lugar.
Não podia ser qualquer lugar.
Um lugar mais ou menos.
Até que encontrou;
Próximo de uma pedra; parou observou melhor; forrou com um pano e deitou o menino que, surpreendentemente, olhava para ela.
O gesto provocou o encontro.
Houve um silêncio.
Mãe e filho.
Não podia;
Não devia;
Não conseguiria;
Tinha que fazer;
Precisava abandoná-lo;
Deixa-lo;
Quem sabe alguém o encontraria;
E o criaria;
Quem sabe?
Mas e, aquele olhar? (O autor começa a chorar)...
Que se dane todo mundo!
Pegou o filho e voltou para vida como mãe!
(Graças a Deus! – Agradece o autor).
Ubirajara Oliveira