Tragédia no Paradise.
O circo “Paradise” instalou-se na cidade de Maranguape, para uma temporada de um mês, em um terreno descampado em frente ao Colégio Estadual Deputado Manoel Rodrigues. A divulgação foi rápida e prometia muitas atrações de surpreender a plateia.
Seu Toinho, desde pequeno que admira o circo, e ao saber da chegada do “Paradise”, reuniu a família e foi lá conferir o espetáculo. A fila era grande. Muitos outros pais também tiveram a mesma ideia do seu Toinho. A arquibancada estava lotada e aguardava ansiosamente pelos animais adestrados, os palhaços, os trapezistas, o atirador de facas.
Um mar de aplausos recaiu sobre o cavalo branco, que, ao ser inquerido pelo domador, mostrou através de batidas com a pata direita no chão a idade: quatro anos.
A família de seu Toinho estava extasiada, principalmente sua filha mais nova, a Cleide, que entusiasticamente aplaudia e sorria. Mas um acontecimento inesperado veio a transformar o espetáculo em tragédia. O elefante se apresentava e se assustou, partiu para cima da plateia, atingindo a todos da primeira fila, onde estava a família de seu Toinho. Cleide, assustadíssima foi pisoteada pelo animal incontido pelo medo. A correria e o pavor tomaram conta de todos, que se acotovelaram para sair da lona.
Infelizmente, mesmo tendo tempo para sair do circo e levar a filha ao Gonzaguinha, hospital da cidade, a pequena Cleide não resistiu aos ferimentos e para a desolação dos pais e dos dois irmãos não houve chance de levá-la a Fortaleza.