DESABAFO 2
Estou pensando em minha mãe. Eu, que escrevi um artigo para um jornal em homenagem às mães que foi muito elogiado pela revelação do amor maternal nele contido, não sou amada pela minha própria.
O que sei é que ela nunca me amou. Testemunhas de minha história desde o nascimento não conseguem mentir e a verdade revelam.
Pois bem! Compreendi que sentimentos não são imposições. O fato de ela ser minha mãe não a obriga a me amar. Também não a obriga a se importar.
O interessante, é que eu a amava! Assim mesmo, no passado.
Desamor pode gerar desamor. O desacontecimento desse sentimento foi natural diante do antinatural de suas atitudes cruéis.
Então, porque estou pensando nela, agora?
Porque estava pensando em amor e, o conceito dessa palavra linda só existe, porque o seu contrário existe.
É natural que me lembre dela. Seu nome está na minha carteira de identidade, que me é solicitada constantemente.
Está só em documentos oficiais, porque a tinta genética que o colocou em mim era fraca. É fácil passar sem ninguém relacionar uma à outra.
Por isso ela não me amou, talvez. Porque, segundo ela, dos três filhos, sou a única que é em tudo parecida com o pai. E talvez, ela não o tenha amado.
Meu pai morreu muito cedo, sempre pedindo que eu desculpasse tudo o que ela me fazia, porque mãe é sagrada.
Eu também penso assim. Mãe é sagrada. Por isso mesmo, não me imponho mais na vida dela.
Por isso mesmo escrevo, para dar a ela a oportunidade de saber o que penso: Que ela não precisa fingir saber de mim quando lhe perguntam. Que ela pode ser totalmente livre e dizer que não sabe de mim porque não quer saber. Que ela é sagrada, que ama seus outros dois filhos e isso a faz mãe.
Que o que não sente por mim não a transforma em um monstro... Simplesmente mostra que ela é humana.
Que eu vivo muito bem e feliz.
Infelizmente, penso que saber disso a deixará infeliz, mas...
Estou pensando em minha mãe. Eu, que escrevi um artigo para um jornal em homenagem às mães que foi muito elogiado pela revelação do amor maternal nele contido, não sou amada pela minha própria.
O que sei é que ela nunca me amou. Testemunhas de minha história desde o nascimento não conseguem mentir e a verdade revelam.
Pois bem! Compreendi que sentimentos não são imposições. O fato de ela ser minha mãe não a obriga a me amar. Também não a obriga a se importar.
O interessante, é que eu a amava! Assim mesmo, no passado.
Desamor pode gerar desamor. O desacontecimento desse sentimento foi natural diante do antinatural de suas atitudes cruéis.
Então, porque estou pensando nela, agora?
Porque estava pensando em amor e, o conceito dessa palavra linda só existe, porque o seu contrário existe.
É natural que me lembre dela. Seu nome está na minha carteira de identidade, que me é solicitada constantemente.
Está só em documentos oficiais, porque a tinta genética que o colocou em mim era fraca. É fácil passar sem ninguém relacionar uma à outra.
Por isso ela não me amou, talvez. Porque, segundo ela, dos três filhos, sou a única que é em tudo parecida com o pai. E talvez, ela não o tenha amado.
Meu pai morreu muito cedo, sempre pedindo que eu desculpasse tudo o que ela me fazia, porque mãe é sagrada.
Eu também penso assim. Mãe é sagrada. Por isso mesmo, não me imponho mais na vida dela.
Por isso mesmo escrevo, para dar a ela a oportunidade de saber o que penso: Que ela não precisa fingir saber de mim quando lhe perguntam. Que ela pode ser totalmente livre e dizer que não sabe de mim porque não quer saber. Que ela é sagrada, que ama seus outros dois filhos e isso a faz mãe.
Que o que não sente por mim não a transforma em um monstro... Simplesmente mostra que ela é humana.
Que eu vivo muito bem e feliz.
Infelizmente, penso que saber disso a deixará infeliz, mas...