O PERSEGUIDO (EC)
Acordou sobressaltado ao som.
Virou-se, sonolento, ao relógio.
Não despertara.
Segundo seguinte identificou.
O interfone.
Espiou pelo sistema de vídeo da TV.
Ela...
Novamente...
Não dava sossego...
Grudara...
Não adiantava fugir.
Mudava-se e descobria seu endereço.
Sorriso amargo lembrando-se de Atração Fatal.
Essas besteiras que se faz na vida.
A outra lhe jurara tanto amor.
O interfone insistiu.
Nem pensar em atendê-la.
Se preciso, passaria o dia escondido...
Em silêncio.
Respirar somente bem baixinho.
Insistia...
Três... Cinco... Dez vezes...
Esse tipo de gente não dá sossego.
O zelador atendeu-a...
Conhecedor desse problema que tanto aflige aos homens, acumpliciado e solidário, com alguma dificuldade convenceu a mulher a voltar outro dia.
Ufa! Desabou no sofá aliviado.
Desta vez , escapara da Oficial de Justiça que tentava citá-lo para pagar a pensão alimentícia.