17º Andar

Olhar o horizonte...era como sonhar de olhos abertos...

Ela não estava ali,seu corpo estava para quem quisesse ver, mas seu espirito estava longe...além daquele horizonte visto da janela...

Ela estava entre o bem e o mal que ela mesma poderia causar a si,sua alma estava no circulo do vazio, tentando escolher qual caminho seguir... Sonhos conturbados, as pessoas a incomodavam, lugares cheios irritavam. queria era estar só!...com seus planos e pensamentos e no final sorrir.

Incrívelmente seus pensamento fluiam através de janelas: a janela do ônibus, a janela do emprego,etc.

Sonhava com coisas doces, com sua casa própria,sonhava com seu futuro filho, sonhava com momentos a dois com seu marido, desde os momentos de conversa até os mais quentes, e ao mesmo tempo sonhava com o NADA, com a escuridão de seus pensamentos, pois era só fantasia e nada era real! No final da tarde, uma pausa que só ela via.. enquanto seus afazeres lotavam sua cabeça, com objetos cortantes e o consultório cheio, parava e olhava o sol se pôr,em meio a prédios, as pessoas lá embaixo, as ruas, dava para ver as frestas iluminadas do sol avermelhado e as pessoas perdidas lá embaixo, cada uma com suas vidas, seus segredos e seus traumas...

Pareciam formigas vistas do 17º andar e tão frágeis diante da imensidão que dava pra ver daquela janela! O sol indo embora findando mais um dia de milhares de pessoas.

Era mais bonito olhar o céu nublado daquela janela, tão sexy e tão misterioso! Quando as gotas de chuva caiam, dava pra ver elas passando e passando até chegar ao destino de cada um...O infinito é realmente um dos deuses mais lindos ( já dizia Renato Russo ).

Olhar o céu, é de extrema paz, no meio do caos que a espera lá embaixo nas ruas, na volta para casa iluminada pela lua..ou pelas trevas de cada rua cruzada, até chegar ao seu destino final: sua casa.

E mais um dia se acaba....

Karol Nirvas
Enviado por Karol Nirvas em 04/07/2013
Código do texto: T4371923
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