NA FEIRA DO VER-O-PESO.
(continuação de SALIM ABOU ADIB EL RAFIR)
Nessas voltas que o mundo dá, Seu Salim decidiu fazer uma visita ao Pará.
Era só para conhecer, mas seu encantamento pelas frutas, petiscos, verduras, peixes e camarões vendidos na feira do Ver-o-Peso foi tanto, que ele pagou a licença para vender suas mercadorias lá.
Depois de pesquisar sobre o que não havia para vender por lá, decidiu-se pelas sedas, xales, lenços, bijuterias , roupas indianas de fino trato e perfumes de cheiro exótico.
A nova barraca chamou atenção dos visitantes da feira.
No seu sotaque enrolado ele anunciava que seus produtos eram importados diretamente das arábias e que não havia outros semelhante ali na feira.
Certa manhã, daquelas em o sol e o calor escaldam a pele e o juízo, chegou na barraca uma paraense paidégua, pernas e coxas de fora, numa tentação só.
A moça parou, olhou, pegou, experimentou e se encantou por um sári.
- Quanto custa seu Salim? (Seu Salim disse):
- 50,00 reais.
- Égua seu Salim, ta pensando que eu ganhei na mega sena?
Salim deixou o sári por R$ 40,00. Tá caro, disse a moça. Salim deixou por R$ 30,00...
A moça levou o sári e Salim ficou admirando as belas pernas e coxas da moça paidégua.
GLOSSÁRIO:
- Égua! - Expressão usada pelo paraense diante de alguma surpresa ou indignação.
- paidégua - coisa muita boa, bacana, arretada.
Essa interação foi enviada pela consóror Conceição Gomes - Curitiba - que aceitou entrar na brincadeira e pelo que eu agradeço imensamente.
(continua em BRAÇO FIXO. - colaboração do confrade Aristeu Fatal - Santo André/SP)
(continua em FÉRIAS DE SALIM. - colaboração do confrade Paulo Moreno - Londrina/PR)
(continua em CARRO DE BOMBEIRO)
(continua em DE BARQUINHO... - colaboração do confrade Aristeu Fatal - Stº André/SP)