O BARCO DE NOSSOS SONHOS
Naquele porto distante, trabalhava ainda um velho marinheiro, já com os anos a pesar-lhe nos ombros.
Sonhava secretamente, em um dia, ter seu barco próprio, não precisava ser grande, o suficiente que pudesse ganhar os altos mares e livre viajar a terras distantes.
Resolveu procurar o capitão do grande navio em que trabalhava e contou-lhe de seus planos em aposentar-se e de seu sonho em ter um barco somente seu.
O capitão transmitiu-lhe o pesar que sentia ao ter que despedir-se de tão experiente marinheiro, que não só era amigo de todos, mas valia-lhe como se fosse um pai.
A companhia de navegação para a qual trabalhava a Trails Oceans possuía um estaleiro, onde se construíam grandes embarcações. O material disponível era farto, em particular para se construir embarcações de menores portes.
O capitão que sabia da perícia do velho marujo em construir barcos, pensou em fazer-lhe uma surpresa e pediu-lhe: - Você velho amigo, vai nos deixar, porém como última tarefa, gostaria muito de ter um barco especial, leve mas resistente, com bom lastro e um calado dinâmico, adequado para pesca e viagens de alto mar, uma embarcação enfim, rápida e bonita, iguais àquelas que só o velho marujo Roque sabe construir.
O capitão só o chamava pelo nome, em ocasiões especiais, e ele tomava isso como demonstração de carinho e cordialidade do oficial.
O velho marinheiro aceitou a tarefa. Porém como havia dito ao seu superior, não pretendia trabalhar mais. Estava velho e cansado. - Não teria percebido isso o jovem capitão?
Seu consciente o conduzia no trabalho mas seu subconsciente o levava a viajar por ilhas paradisíacas, praias de areias brancas, brisa leve e fresca.
Roque - o marujo construtor - não se empenhou de corpo e alma como sempre o havia feito. O barco acabado ele próprio o reprovou - mas pensou - para o trabalho de um velho que já devia estar descansando, até que está razoável.
O armador, dono do estaleiro, junto com o capitão vieram dar-lhe os parabéns, por sua dedicação e bons serviços prestados há trinta e cinco anos junto à companhia e felicitando-o pela justa aposentadoria, o levaram para um outro aposento.
Roque, imaginou: - Vão dar-me alguma medalha como é de praxe àqueles que se aposentam. Assim foi feito por uns minutos.
Ao voltarem para o recinto anterior, o velho marinheiro levou um susto. Na proa os auxiliares do capitão, haviam colado um belo adesivo em letras grandes e vermelhas, contrastando lindamente com o branco, da pintura do barco, assim: ROQUE I - O MARUJO. Que choque ! E ao mesmo tempo um misto de vergonha e traição! Traição para consigo e para com seu capitão, acima de tudo seu amigo que o comparava a um pai!
Profundo conhecedor da arte da navegação, sabia que da forma como construiu o barco, não era uma embarcação ligeira, nem resistente para viagens muito longas de muito tempo em alto mar. Tudo ao contrário do que por tantos anos sonhara.
Disseram-lhe - Este barco é todo seu meu velho marujo Roque, nosso presente de homenagem ao grande amigo e conselheiro, além do melhor marinheiro de todos os mares. Por isso o deixamos à vontade para usar o material e o tempo que quisesse.
Roque chorou copiosamente! Um misto de vergonha e arrependimento. Se soubesse que estava construindo seu tão sonhado barco, o teria feito veloz, resistente e bonito. Bastante forte, próprio para viagens distantes de longo tempo no mar. Capaz de resistir a tempestades. Alcançar terras distantes. Agora era tarde para chorar.
Roque perdeu a oportunidade de ouro de ter o melhor barco que um velho marujo pudesse desejar. Agora teria que contentar-se com viagens curtas enquanto o barco durasse. E que não seria por muito tempo.
Naquele porto distante, trabalhava ainda um velho marinheiro, já com os anos a pesar-lhe nos ombros.
Sonhava secretamente, em um dia, ter seu barco próprio, não precisava ser grande, o suficiente que pudesse ganhar os altos mares e livre viajar a terras distantes.
Resolveu procurar o capitão do grande navio em que trabalhava e contou-lhe de seus planos em aposentar-se e de seu sonho em ter um barco somente seu.
O capitão transmitiu-lhe o pesar que sentia ao ter que despedir-se de tão experiente marinheiro, que não só era amigo de todos, mas valia-lhe como se fosse um pai.
A companhia de navegação para a qual trabalhava a Trails Oceans possuía um estaleiro, onde se construíam grandes embarcações. O material disponível era farto, em particular para se construir embarcações de menores portes.
O capitão que sabia da perícia do velho marujo em construir barcos, pensou em fazer-lhe uma surpresa e pediu-lhe: - Você velho amigo, vai nos deixar, porém como última tarefa, gostaria muito de ter um barco especial, leve mas resistente, com bom lastro e um calado dinâmico, adequado para pesca e viagens de alto mar, uma embarcação enfim, rápida e bonita, iguais àquelas que só o velho marujo Roque sabe construir.
O capitão só o chamava pelo nome, em ocasiões especiais, e ele tomava isso como demonstração de carinho e cordialidade do oficial.
O velho marinheiro aceitou a tarefa. Porém como havia dito ao seu superior, não pretendia trabalhar mais. Estava velho e cansado. - Não teria percebido isso o jovem capitão?
Seu consciente o conduzia no trabalho mas seu subconsciente o levava a viajar por ilhas paradisíacas, praias de areias brancas, brisa leve e fresca.
Roque - o marujo construtor - não se empenhou de corpo e alma como sempre o havia feito. O barco acabado ele próprio o reprovou - mas pensou - para o trabalho de um velho que já devia estar descansando, até que está razoável.
O armador, dono do estaleiro, junto com o capitão vieram dar-lhe os parabéns, por sua dedicação e bons serviços prestados há trinta e cinco anos junto à companhia e felicitando-o pela justa aposentadoria, o levaram para um outro aposento.
Roque, imaginou: - Vão dar-me alguma medalha como é de praxe àqueles que se aposentam. Assim foi feito por uns minutos.
Ao voltarem para o recinto anterior, o velho marinheiro levou um susto. Na proa os auxiliares do capitão, haviam colado um belo adesivo em letras grandes e vermelhas, contrastando lindamente com o branco, da pintura do barco, assim: ROQUE I - O MARUJO. Que choque ! E ao mesmo tempo um misto de vergonha e traição! Traição para consigo e para com seu capitão, acima de tudo seu amigo que o comparava a um pai!
Profundo conhecedor da arte da navegação, sabia que da forma como construiu o barco, não era uma embarcação ligeira, nem resistente para viagens muito longas de muito tempo em alto mar. Tudo ao contrário do que por tantos anos sonhara.
Disseram-lhe - Este barco é todo seu meu velho marujo Roque, nosso presente de homenagem ao grande amigo e conselheiro, além do melhor marinheiro de todos os mares. Por isso o deixamos à vontade para usar o material e o tempo que quisesse.
Roque chorou copiosamente! Um misto de vergonha e arrependimento. Se soubesse que estava construindo seu tão sonhado barco, o teria feito veloz, resistente e bonito. Bastante forte, próprio para viagens distantes de longo tempo no mar. Capaz de resistir a tempestades. Alcançar terras distantes. Agora era tarde para chorar.
Roque perdeu a oportunidade de ouro de ter o melhor barco que um velho marujo pudesse desejar. Agora teria que contentar-se com viagens curtas enquanto o barco durasse. E que não seria por muito tempo.
CONSTRUA SABIAMENTE O BARCO DE SUA VIDA QUE HAVERÁ DE LEVAR SEUS SONHOS AONDE VOCÊ DESEJAR