Chamada a Cobrar
Uma hora da manhã, o telefone (celular) toca uma vez, duas, três e continua chamando insistentemente. Levanta cambaleando, havia ido dormir há apenas 25 minutos, quando acabara o filme de ação, que preenchera grande parte da noite, insone. Confere o número no visor, desconhece, está tonta de sono e cansaço. Aborrecida retorna para a cama. Novamente aquele toque repetitivo, outra chamada. Vai verificar e identifica o número, houve um equívoco, culpa do excesso de sono. Chamada a cobrar... Retorna, preocupada, afinal, ele nunca ligara antes em horário tão inconveniente, e nem a cobrar. Com voz arrastada atende e mal pronuncia as palavras para pedir-lhe socorro. O carro que dirigia fora atropelado violentamente. O motorista fugiu, deixando-o agonizando em uma estrada deserta. Rapidamente põe a roupa, entra no carro e sai em disparada, rumo ao destino informado. Durante o percurso, mesmo dirigindo sozinha, aciona o SAMU. Quarenta e sete minutos após, vai aproximando-se do local da tragédia. Corre alucinadamente, na ânsia de ainda encontrar com vida o único amigo de infância, residente na cidade. Chegando ao local perde o controle da velocidade e bate violentamente em uma viatura da Polícia Militar. Desfalecida é socorrida por soldados do corpo de bombeiros, sem tomar conhecimento que seu amigo querido, há poucos minutos entrara em óbito enquanto estava recebendo os primeiros socorros.
PS.: Todas as críticas construtivas serão bem vindas!
Não tenho prática, principalmente em contos. Fico em dúvida, algumas vezes na hora de classificar um texto. Estou aqui na condição de aprendiz, todos os dias rsrs! Beijos e carinhos!
Isis Dumont