Poesia Pra Que Te Quero ?
Volto em um pequeno prefácio, de um texto já postado aqui...
No ano de 2002, a poesia brotou de dentro de mim.
E isso, causou-me um grande tormento.
Eu não entendia o que a poesia queria de mim...
Cheguei a sentir raiva da poesia.
E a minha aceitação só se deu, no dia que passei a perguntar:
- Poesia, pra que te quero ?
Foi então que descobri que a poesia veio como uma missão.
A missão de ajudar nossas crianças.
E cada dia mais, fui me entregando ao meu trabalho com as crianças.
Fui buscando concursos literários, e conquistando meus títulos.
Comecei a ficar muito feliz !
Não pelos títulos, mas principalmente pela oportunidade de passear, conhecer pessoas mais esclarecidas no assunto, e também poder falar do meu trabalho em pról das crianças.
Ao falar do meu trabalho, eu sempre tive a esperança de encontrar poetas com a mesma ideologia minha.
Mas eu passei a sofrer muito, quando resolvi abrir páginas na internet.
No orkut, eu sempre buscava amigos que trabalhavam com a cultura.
Fui mostrando o meu trabalho, sempre postando muitas fotos.
A maioria das fotos, era o passo a passo da construção da pequena Biblioteca, que fica no pequeno povoado de São Pedro do Taguá, em Rio Preto-MG.
E no ano de 2010, eu estava me sentindo muito feliz.
Eu tinha uma boa amiga que era de uma grande Biblioteca, na cidade de São Paulo.
E toda tarde, nós batíamos um bom papo.
Na data de 11 /09 / 2010, véspera do meu aniversário, eu recebi dela, uma ótima notícia.
Eu ia receber vários equipamentos , para que pudéssemos fazer um trabalho de intercâmbio com as crianças da nossa Biblioteca, e crianças da grande São Paulo.
A proposta era linda !
Eu fiquei tão feliz, que corri na parte da manhã, e fui comemorar o meu aniversário com as crianças.
Pão com mortadela, e refrigerante.
Foi o sanduiche mais gostoso que comi.
Eu sorria e sorria... Mas dos meus olhos uma lágrima caia.
As crianças perceberam...
Mas eu não contei para elas, que a lágrima era de alegria.
Nem contei o motivo, pois nem eu mesma estava acreditando.
E não deu outra...
Quando cheguei na minha casa, minha amiga não mais existia.
Era uma pessoa se passando por ela.
Era um vírus.
Darei continuidade no conto...
Maria Lamanna
Rio Preto-MG