A noite estava linda, a música que enchia o ar era romântica e ardente, atingindo fundo o coração dos dois rapazes que passeavam pela praça. Induzidos pela atraente música aproximaram-se do aglomerado de pessoas em frente a um grande e enfeitado palanque e extasiados viram uma figura esbelta, morena e de feições quase perfeitas. Dançando e sorrindo a bela morena não havia percebido ainda que dois olhos negros fixaram-se em seus movimentos e como hipnotizado não conseguia desviar os olhos dela. Era Arturo, o jovem e elegante Duque de Vallejo, agora com vinte e um anos, não acreditava no que via; Zaida, ela era linda e estava ali, dançando a sua frente, maravilhosa, parecia um sonho vê-la fora picado pela flecha do amor, quantas noites fora à praça tentando encontrá-la. Outras caravanas vieram, mas, ninguém, nenhuma daquelas trazia uma deus, uma mulher tão encantadora;
Após o espetáculo Arturo, adiantando-se ao amigo, foi esperar a cigana descer do palanque e quando a moça olhou para ele, imediatamente o, seu coração disparou e ela sentiu como se uma chama ardente lhe queimasse todo o corpo. Tremendo e visivelmente emocionada, Zaida sorrindo aceitou a ajuda de Arturo para descer do palanque e alí, naquela mesma noite eles recomeçaram o que esrava em seus destinos, uma louca paixão um amor para toda a vida. Carlos, desapontado com a atitude do futuro cunhado e por não ter tido sequer a chance de conhecer melhor a bela cigana, passou a, despeitado, afastar-se de Arturo que havia aceitado um compromisso com Ludnija a irmã de Carlos mas das as circunstância foi ao castelo de Don Julio Ortega de Larra de coração aberto, Duque de Montalvo, explicou toda a situação e teve a compreenção do Duque que diferente do filho Carlos era ma pessoa bondosa, compreensiva. Igor, que por interesse, era amigo do Duque Carlos de Larra tinha o hábito de vigiar Zaida e Arturo, um dia, à espreita ouviu o pedido de casamento que o jovem fizera a Zaida, e sem saber que o rapaz já havia rompido o noivado com a irmã de Dom Carlos de Ortega, correu para contar ao nobre o ocorrido - Não tem outro jeito, ele tem que desaparecer de nossas vidas. Igor entre espantado e curioso indaga: - O senhor quer.........!!! Sim Igor! É isso mesmo, você, embora seja um cigano é mais inteligente do que eu pensava e ganhará uma boa importância em moedas de ouro se me fizer esse favor: - Acabar com a vida daquele desgraçado!!! E assim, combinados, o vingativo cigano e o cruel Dom Carlos Ortega de Larra decidiram liquidar com a vida de Arturo que inocente e cada vez mais apaixonado, encontrava-se com sua amada Zaida e fazia planos de torná-la sua esposa em breve, apesar das amiúdes discussões que estavam tendo com o grupo. assim foi feito, Arturo voltava de uma viagem de negócios, foi emboscado na estrada e gravemente esfaqueado no coração, por Igor que nem deu-se ao trabalho de esconder o rosto, O rapaz, caído no vhão agonizava, quando ouviu passos e pediu por socoro, era Zaida que saíra de casa com a esperança de encontrar o amado na estrada. Desesperada, ajoelhou-se, colocou a cabela de seu amado no colo e ouviu suas últimas palavras, cuiddaadoo...com o Igor, ele feriu-me, amo-te e te amarei por toda a eternidade e fechou os olhos para sempre, Zaida desesperou-se, acabara de perder ser eterno amor, gicou doente por muiyo tempo mas com os cuidados de Ramona, recuperou-se, Era uma noite fria e Zaida saíra para dar uma volta no bosque, era um dia chuvoso, em volta da fogueira alguns homens e mulheres do grupo assistiam um casal dançar. Zaida parou entre algumas árvores e ficou a observar uma certa carroça, de repente o dono,um jovem e garboso cigano saiu e foi juntar-se aos demais, ao pé da fogueira. Esgueirando-se por entre as árvores a jovem cigana alcançou a carroça e entrou ficando lá a esperar a volta do dono. Já era bem tarde quando o cigano entrou em sua carroça, tirou o colete, a camisa, lavou o rosto e o pescoço na bacia que havia sobre um banco, enxugou-se com uma pequena toalha e jogou-se nas coloridas almofadas sobre o chão. De repente, sem que ele percebesse direito o que acontecia, alguém lançou-se sobre ele penetrando-lhe o peito com afiada adaga que certeiramente perfurou-lhe o coração. Com a mesma brutal violência a adaga foi-lhe arrancada do peito e por alguns segundos Zaida olhou para o rosto pálido e desfeito daquele que fora o algoz de seu amor, o ceifador de sua felicidade, suspirou profundamente como se sentisse alívio por ter cumprido o que jurara para si mesma ainda com a cabeça de Arturo ao colo. Ramona percebeu nas profundezas do negro mar em noite de tempestade, dos olhos das neta que algo de grave havia acontecido; no entanto, calou-se e fez com que ela se recolhesse e dormisse. O dia já estava na metade quando descobriram o corpo de Igor; foi um verdadeiro tumulto no acampamento, um homem fora assassinado e ninguém dera conta, ninguém vira e embora muito se perguntassem, chegaram a conclusão de que fora alguém que vingara-se das inúmeras trapalhadas que o cigano havia feito em vida e preocupados com a repercussão do crime, resolveram antecipar a partida para uma região mais quante que aquela, permanecendo lá, por todo o inverno. Ninguém sabia quem tirara a vida de Igor, mas Ramona sabia, sim, ela sabia e às vezes olhava para aquela pálida e frágil criaturinha que ela amava mais que a própria vida e compreendia as razões que a fizeram cometer o terrível crime. Aquele inverno veio, foi-se, veio a primavera e outro verão e a vida daquela caravana continuava. Zaida, agora uma mulher mais madura, mais segura seguia seu caminho junto a sua gente, dançando, cantando, mas com os olhos verdes, cada vez mais verdes misteriosos e profundos, de um mistério e profundezas extremamente perigosos.
Nunca mais aproximara-se ou deixara que qualquer homem dela se aproximasse, vivia da recordação do grande amor que vivera e às vezes, quando Ramona indagava se ela não ia casar-se um dia, ela respondia: - Eu já sou casada vovó, estou apenas esperando o dia que vou encontar com meu marido e demore quanto demorar, não importa porque o nosso amor é “Um Amor Para Sempre”