AS DOZE BADALADAS.

Quando o sino ecoou em doze badaladas,

E rei sol habitava o núcleo deste universo,

Até parece ter sido a hora idealizada,

Foi um acaso, nos garante o réu confesso,

São as coincidências que norteiam muitas ciladas.

Abriu na mata uma clareira sem precedentes,

Nada igual,até antes fora visto pelos nativos,

Tamanho assombro os indicavam grande feitiço,

Então fizeram uma roda de pajelança, para invocar os espíritos colaboradores, que os indicassem as proporções do acontecido orientando-os segundo o rufo dos tambores.

É certo que a modernidade, desconcentrou os deuses pagãos, que fizeram inumaras avaliações,

E não acertaram nem de perto, a causa de tamanha destruição, no centro da mata virgem,

Pronunciou-se o Deus tatu, Deus maribondo, e muitos outros, e apontaram como causa a raiva da natureza pelo o mal uso das terras e de suas derivações naturais, de fato acertaram em parte, porque tal estrago era derivado do descaso do homem para com a Fauna e flora que lhe provem o ar que respiramos, e o estrondo descomunal fora uma carga de dinamites sem precedentes, numa área de floresta densa para dar inicio as obras de mais uma hidroelétrica, segundo os idealizadores, por causa de uma demanda premente de energia elétrica, que fosse gerada de preferência de forma limpa, para estes burocratas destruir mata vigem, é uma forma limpa de se produzir energia elétrica,

E com esta mentalidade, eles nos confundem, e confundem também os Deuses pagãos.