AULA NO CAMPO

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O professor de geografia, da porta de minha sala de aula, chamou-me. Interrompi a exposição que fazia aos alunos e fui atendê-lo.

— Pois não! - Exclamei.

— Ricardo! Vou levar meus alunos para uma aula de campo na chácara do diretor; escalei você para me ajudar a controlar a meninada no mato! - Explicou o professor.

Luís Carlos, professor de geografia, era um dos bons amigos que fiz naquela escola; não havia como negar seu pedido. Concordei com um OK.

Retornei ao centro da sala, notifiquei e dispensei os alunos, que levaram menos de um minuto para arrumarem suas mochilas, e fui reunir-me com Luís, que já me aguardava no micro ônibus que levaria a molecada para o campo. Antes, porém, fui até a sala dos professores e guardei no meu armário, todos os objetos que porventura poderia derrubar ou perder na mata.

Seguíamos, vagarosamente, por uma trilha, com o professor Luís explicando aqui e ali os acontecimentos geográficos, quando nos deparamos com um riacho e uma ponte estreita feita com dois troncos de árvore, presos ao solo em cada uma das margens. Tipo de ponte que aqui se dá o nome de pinguela.

— Ricardo! Temos de atravessar! Vou atravessar primeiro e você só depois que o último aluno atravessar! - Grita-me Luís em meio a algazarra da meninada.

Fiz-lhe um positivo e ele partiu, não sem antes advertir os alunos para tomarem cuidado com os objetos pessoais e, principalmente, com as mochilas. Caso elas caíssem no riacho, seria difícil de recuperá-las, devido à correnteza.

Logo após os primeiros passos, na pinguela, o professor Luís, perde o equilíbrio e, caso não se agarra a um dos troncos, cairia, inteiro, no riacho. Depois deste incidente, a travessia transcorreu normalmente.

Atravessamos a garotada. Eu, sem noção do tempo, ali no meio da mata, perguntei ao professor Luís quanto tempo faltava para retornamos a escola.

— Não sei mesmo – respondeu-me, constrangido, olhando para a ponte – deixei cair meu relógio, no riacho, ao atravessá-la.

Salve-se, quem puder! ®Sérgio.

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Se você encontrar erros (inclusive de português), relate-me.

Agradeço a leitura do texto e, antecipadamente, qualquer comentário. Volte Sempre!

Ricardo Sérgio
Enviado por Ricardo Sérgio em 11/05/2013
Reeditado em 06/08/2013
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