A saudade de um tempo que ficou presente - In contos d'minutos

Era eu já novo de ingenuidade, de timidez e, ao certo era que mulheres, meninas atraiam-me. Oh, quantas belezas a desfilarem ante meus olhos quase a se esconder, desejando sempre o toque de um olhar. Se me olhavam, meu olhar se perdia em outra direção.

Vezes que distante, a coragem avançava sobre mim, sobrepujava minha timidez e lá ia eu mancando de vontade, porém destemido que sempre.

Pensava eu : " É agora. Vou dançar em um ombro suave, cheiroso, feminino que todo ".

Realizava-se o momento, presente do tempo no espaço da música, feito um segundo que passou. O gosto, porém, do pólen daquele ombro era obra de outros sonhos, outras vontades, outros sorrisos e olhares de meninas feito eu no desejo, pois que pequeno no doce viver.

Nada esqueço dos dançares; dos olhares; dos ombros a me apoiarem feito anjos meigos celestes prometendo o paraíso. De instantes de um

século atrás era eu feliz.

De tudo isso um sonho vivo que o vento assopra para trás, no distante, lá no passado.

Ah, saudades, não a posso mais viver, nem esquecer. Eis o peso da Saudade.

gerson chechi
Enviado por gerson chechi em 19/04/2013
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