AQUELA MENINA
Seus lindos olhos azuis me encantavam profundamente, pareciam duas safiras brilhando ao sol. Sua pele era rosada e seus cabelos encaracolados e amarelos pareciam fios de ouro caídos sobre os ombros.
Todos os dias ao sair para o trabalho, no portão de casa, aquela imagem me chamava atenção. Morava com sua mãe na casa mais pobre da rua, bem defronte a minha, tornando impossível não vê-la todas as manhãs.
Debruçada sobre a soleira da janela sorria e acenava para todos que passavam pela calçada quebrada, inclusive pra mim que correspondia imediatamente.
A tarde quando voltava do trabalho já não a via e ficava a imaginar o que estaria fazendo dentro daquela casa com paredes caídas e sujas.
Na época enxergava naquela linda menina um futuro promissor pela beleza e simpatia que carregava e hoje ao vê-la percebi o quanto sua beleza se tornou desnecessária.
Depois de alguns anos voltei a vê-la ainda carregando pequenos vestígios da beleza que por algum tempo deve ter-lhe feito se sentir como rainha.
A natureza foi generosa por lhe dar lindos apetrechos, mas a vida não mostrou nenhuma generosidade nos momentos em que os mesmos poderiam lhe proporcionar algumas vantagens.
Fiquei sabendo que a beleza e simpatia lhe proporcionaram apenas assédios, filhos pra criar e muito sofrimento. Isto chamou ainda mais minha atenção, talvez pelo fato de ter feito falta no processo que a levaria a um futuro promissor que pra ela um dia imaginei.
Todos os dias ao sair para o trabalho, no portão de casa, aquela imagem me chamava atenção. Morava com sua mãe na casa mais pobre da rua, bem defronte a minha, tornando impossível não vê-la todas as manhãs.
Debruçada sobre a soleira da janela sorria e acenava para todos que passavam pela calçada quebrada, inclusive pra mim que correspondia imediatamente.
A tarde quando voltava do trabalho já não a via e ficava a imaginar o que estaria fazendo dentro daquela casa com paredes caídas e sujas.
Na época enxergava naquela linda menina um futuro promissor pela beleza e simpatia que carregava e hoje ao vê-la percebi o quanto sua beleza se tornou desnecessária.
Depois de alguns anos voltei a vê-la ainda carregando pequenos vestígios da beleza que por algum tempo deve ter-lhe feito se sentir como rainha.
A natureza foi generosa por lhe dar lindos apetrechos, mas a vida não mostrou nenhuma generosidade nos momentos em que os mesmos poderiam lhe proporcionar algumas vantagens.
Fiquei sabendo que a beleza e simpatia lhe proporcionaram apenas assédios, filhos pra criar e muito sofrimento. Isto chamou ainda mais minha atenção, talvez pelo fato de ter feito falta no processo que a levaria a um futuro promissor que pra ela um dia imaginei.