Dá-lhe Jorge!
Conversa entre dois amigos:
- Oi, Jorge Luiz! O que você está fazendo?
- Oi, Jorge Antonio! Estou lendo a biografia de Jorge Amado. Você sabe quem é?
- Sei. É aquele sambista gordinho, que usa sempre o cabelo num rabo de cavalo, que canta aquela música: “aí foi que o barraco desabou, nessa que o meu barco se perdeu, nele tá gravado só você e eu...”
- Não, cara! Esse é o Jorge Aragão.
- Ah, então é aquele que canta: “lá fora está chovendo, mas assim mesmo eu vou correndo, só pra ver o meu amor...”
- Também não. Esse é o Jorge Benjor.
- Então só pode ser aquele que canta: “chega de fingir, eu não tenho nada a esconder, agora é pra valer, haja o que houver...”
- Nada disso. Agora é o Jorge Vercillo.
- Espera aí que agora eu acerto. É aquele que canta “burguesinha, burguesinha, burguesinha, só no filé...”
- Não. Esse é Seu Jorge.
- Então não é cantor?
- Não.
- Deve ser ator. Hum...já sei: é aquele cara de olhos azuis que trabalha na televisão e no teatro, engraçado pra caramba!
- Jorge Fernando, é o nome dele.
- Poxa! Não vai me dizer que é aquele que lê as notas das escolas de samba: “Dez, nota dez!”?
- Esse é o Jorge Perlingeiro.
- Ah, então deve ser político: aquele cara do PT que sempre disputa o governo do estado.
- Não, não é o Jorge Bittar.
- Tá difícil. Deve ser então aquele de quem fala a música: “Jorge, vem de lá da Capadócia, montado em seu cavalo, na mão a sua lança...”
- Cara, esse é São Jorge!
- Desisto. Não sei quem é Jorge Amado.
- É o autor de Gabriela e Tieta.
- Ah, por isso que eu não sabia: eu não acompanho novela. Além do mais, quando passou Tieta eu era pequeno, não lembro direito. E de Gabriela só sei que era aquela gostosa da Juliana Paes quem fazia o papel.
- Não, Jorge Antonio. Ele não escreve novelas, escreve livros. Aliás, escrevia, pois já morreu.
- Mas...
- Gabriela e Tieta são romances escritos por Jorge Amado e outros autores adaptaram para a TV. A Juliana Paes foi a protagonista no remake da novela. A atriz que interpretou o papel na primeira versão foi a Sonia Braga.
- Ah, sim!
- Cara, você não conhece um dos maiores autores do Brasil? Tô impressionado!
- Não manjo de livros, meu negócio é música, principalmente música sertaneja. Se você quiser canto o repertório todinho de Jorge e Matheus. Quer ouvir?
- Não, não precisa. Você já cantou bastante por hoje. Só tenho mais uma coisa a dizer: Ó, glorioso São Jorge, perdoe o Jorge Antonio por não conhecer o Jorge Amado!
- Ah, vamos combinar: é muito Jorge pra minha cabeça! Dá-lhe Jorge!
*** Esse conto é uma homenagem a todos os Jorges, sejam famosos ou não, amantes da literatura ou não, conhecedores de música ou não, nesse que é o mês do maior de todos eles: SÃO JORGE, o Santo Guerreiro.
- Oi, Jorge Luiz! O que você está fazendo?
- Oi, Jorge Antonio! Estou lendo a biografia de Jorge Amado. Você sabe quem é?
- Sei. É aquele sambista gordinho, que usa sempre o cabelo num rabo de cavalo, que canta aquela música: “aí foi que o barraco desabou, nessa que o meu barco se perdeu, nele tá gravado só você e eu...”
- Não, cara! Esse é o Jorge Aragão.
- Ah, então é aquele que canta: “lá fora está chovendo, mas assim mesmo eu vou correndo, só pra ver o meu amor...”
- Também não. Esse é o Jorge Benjor.
- Então só pode ser aquele que canta: “chega de fingir, eu não tenho nada a esconder, agora é pra valer, haja o que houver...”
- Nada disso. Agora é o Jorge Vercillo.
- Espera aí que agora eu acerto. É aquele que canta “burguesinha, burguesinha, burguesinha, só no filé...”
- Não. Esse é Seu Jorge.
- Então não é cantor?
- Não.
- Deve ser ator. Hum...já sei: é aquele cara de olhos azuis que trabalha na televisão e no teatro, engraçado pra caramba!
- Jorge Fernando, é o nome dele.
- Poxa! Não vai me dizer que é aquele que lê as notas das escolas de samba: “Dez, nota dez!”?
- Esse é o Jorge Perlingeiro.
- Ah, então deve ser político: aquele cara do PT que sempre disputa o governo do estado.
- Não, não é o Jorge Bittar.
- Tá difícil. Deve ser então aquele de quem fala a música: “Jorge, vem de lá da Capadócia, montado em seu cavalo, na mão a sua lança...”
- Cara, esse é São Jorge!
- Desisto. Não sei quem é Jorge Amado.
- É o autor de Gabriela e Tieta.
- Ah, por isso que eu não sabia: eu não acompanho novela. Além do mais, quando passou Tieta eu era pequeno, não lembro direito. E de Gabriela só sei que era aquela gostosa da Juliana Paes quem fazia o papel.
- Não, Jorge Antonio. Ele não escreve novelas, escreve livros. Aliás, escrevia, pois já morreu.
- Mas...
- Gabriela e Tieta são romances escritos por Jorge Amado e outros autores adaptaram para a TV. A Juliana Paes foi a protagonista no remake da novela. A atriz que interpretou o papel na primeira versão foi a Sonia Braga.
- Ah, sim!
- Cara, você não conhece um dos maiores autores do Brasil? Tô impressionado!
- Não manjo de livros, meu negócio é música, principalmente música sertaneja. Se você quiser canto o repertório todinho de Jorge e Matheus. Quer ouvir?
- Não, não precisa. Você já cantou bastante por hoje. Só tenho mais uma coisa a dizer: Ó, glorioso São Jorge, perdoe o Jorge Antonio por não conhecer o Jorge Amado!
- Ah, vamos combinar: é muito Jorge pra minha cabeça! Dá-lhe Jorge!
*** Esse conto é uma homenagem a todos os Jorges, sejam famosos ou não, amantes da literatura ou não, conhecedores de música ou não, nesse que é o mês do maior de todos eles: SÃO JORGE, o Santo Guerreiro.