“O melhor amigo do Homem”
Eu saio da escola as 22h50, ao virar a esquina encontrei um cachorrinho vira lata.
Ele me seguiu pela rua, a noite estava calma só eu caminhava em direção a minha casa.
O cãozinho me seguia e de vez enquanto queria brincar comigo.
Eu ainda sinto saudade da nossa pretinha, uma koquer preta que a gente amava, lembro dela e da vontade chorar.
A ultima vez que eu á vi, ela estava muito doente, ela me olhava com os olhos tristes, prometi a mim mesmo que jamais teria outro cachorrinho.
A gente se apega e depois sofre quando eles morrem.
Pensando em não querer mais um cachorro, tentei despistar o vira lata que agora me segue rua a fora.
Mas não resistia a cara de pidão do bichinho e de vez enquanto corria pra ele me seguir.
Ao chegar ao portão de casa, ele sentou-se.
Quando eu tentava abrir o portão, ele se levantava tentando entrar.
Bem, resolvi pedir socorro ao pai. Gritei no portão – pai vem me ajudar.
Meu pai Joel Costadelli desce a escada correndo como sempre.
O que foi filho, esta machucado? Não pai é que este carinha aqui esta me seguindo e agora não quer ir embora, o que eu faço? O meu pai abriu o portão, se colocou entre eu e o cachorrinho que ficava ali sentadinho e olhando pra noz.
Meu pai estava de bermuda, sem camisa, ele se abaixou e fez carinho na cabeçinha do bichinho.
O cãozinho fechou os olhos, parecia estar querendo dormir, com a intensidade do carinho, ele ficava ainda méis faceiro.
Perguntei a meu pai – o que faremos? Ele me respondeu, vai filho, sobe e pega um pão e desce.
Enquanto eu subia as escadas ouvia meu pai falando carinhosamente com o bichinho.
Eu peguei o pão e desci, vi que ele estava adorando o carinho do meu pai.
Mas quando ele viu o pão, se levantou aceitou a comida de pronto, ele segurava o pão e como se nos agradecesse baixava o focinho ate o chão e nos convidava a brincar com ele.
Meu pai se emocionou, gente, vocês não fazem idéia de como meu pai, este Joel é molenga pra chorar, cara, ele chora com o filme da lesse, pode? Imagina uma sena real, o cãozinho me emocionou, vi que o amor é a coisa mais linda do mundo.
E meu pai me disse que aquela noite foi a mais gratificante pra ele.
O cãozinho se foi e perdeu-se na escuridão da rua, eu e meu pai ficamos lá parados e rindo da sena que presenciamos, pensei que ele voltaria, mas não voltou, ele só me seguiu por que sentiu que ia se dar bem, mal ele sabe que nos fez um bem maior ainda, vi meu pai sorrir e chorar numa sena real.
Isso não tem nada que paga.
Os cachorros de fato são nossos melhores amigos, inda por cima; nos dão uma lição de vida.
Eu coloquei o nome dele de cãozinho da noite, espero vê-lo novamente.
Esta é uma historia real, aconteceu comigo ontem, 27/03/2013 as 22h50. Meu pai e eu escrevemos. Daniel Alves Costadelli e meu Pai Joel Costadelli.
Fim