: Um dia "desordinário" ( em homenagem ARIANO: UM DIA ORDINÁRIO)
Helenice e Carla esperavam o ponto de ônibus para irem ao trabalho. Em um golpe de sorte encontram Lucrécia e conseguem um ônibus vazio, tão vazio que o fizeram de sala de estar.
Lucrécia possui um azar. Está apaixonada por um rapaz que também pega o mesmo ônibus que ela, mas não existe coragem para falar para ao varão, afinal, como ele interpretaria?
Helenice gargalhava. estava com novidades traiu seu marido. e todas riam muito alto - menos Lucrécia, pois já foi traída antes e sabe como é torcer espinhos nas têmporas, o sorriso de lucrécia era bege, sem fala, apenas cordial.
Carla explodia de altos barulhos quando disse Helenice - enquanto servia o café para José, João saia pela janela e Pedro ficava no baú escondido.
Lucrécia sentia que a estrutura de um relacionamento não deveria ser assim, e viu como se fosse uma alucinação, cortes de vidro também no rapaz que sempre notara.
Ele perdeu o ponto, ele levantou para avisá-lo....
Um começo de romance? Não ! O destino traçou outras teias e o ônibus parou bruscamente.
Ela bateu seus lábios e sangrou , assim como ele a suas têmporas. Ele desceu, Ela não falou....Que o amava. Apenas recolheu os cacos de vidros de ambos e fez um caleidoscópio.