café

O aroma torrado da cidade, o expresso na livraria, o que você me passou de tardezinha, o que foi minguando ao passo do cigarro, o que clareou o dia, o da visita… Ficam os corredores desenhados – de esquadro! – da janela do ônibus de viagem, paralelos. Ficam as folhas muito verdes, as bolinhas maduras. A calça mole da fazenda, a rede na ponta fria da serra. O sol torrando os grãos, tímido, sem deixar aquecer as pontas de nariz.

Não há, no mundo, lugar mais bonito que um cafezal.

Do café, fica o pé.

Adriana Campos K
Enviado por Adriana Campos K em 26/03/2013
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