SENSIBILIDADE

Desde menina ela pressentia alguns acontecimentos que estavam por vir. Por vezes, era através dos sonhos que eles se mostravam à ela, em outras, ouvia uma voz, que ela não sabia de onde vinha, que lhe contava.
A família tentava ignorar, aquele dom. Aquilo na menina os incomodava.
Ela cresceu, e seu dom também. E por se tornar mais constante começou a desiquilibra-la. Até que uma colega de trabalho levou-a conhecer, o que se passava com ela.
Estudando ela compreendeu que nada tinha de sobrenatural. Ela simplesmente possuia uma faculdade bem desenvolvida, que cada grupo religioso dava um nome. 
Hoje na madureza dos anos, gosta do título de sensitiva. Vem de sensibilidade, e isso combina com ela, pois sabe-se, extremamente sensível.
Aprendeu através do estudo sistematizado, que já dura muitos anos, e que nunca acaba, a trabalhar e usar com utilidade esses recursos que trouxe na bagagem dessa existência.
Esse dom, tem lhe servido muito para auxiliar ao semelhante. 
Viu ela, que quando se quebra o tabu do misterioso, do sobrenatural, encontram-se respostas. E assim, tudo fica bem mais facíl de ser compreendido.
Com o estudo que começou na juventude e dura a vida inteira, ela ganhou compreensão, alargou horizonte, vislumbrou possibilidades de ajudar.
Hoje, essa sensibilidade aflorada que já nasceu com ela, se ampliou pelo conhecimento adquirido, e se tornou uma aliada em sua vida.
Reverteu o quadro, de receios e dúvidas, para certezas e trabalho em prol dos seus semelhantes e dela mesma.

(Imagem: Lenapena - Outono no Central Park)

Lenapena
Enviado por Lenapena em 21/03/2013
Reeditado em 21/03/2013
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