Me casei muito cedo e a casa da mãe era meu refúgio, como é até hoje.
Por causa do trabalho e dos afazeres domésticos, a ida até a casa da minha mãe foi ficando difícil.
Meus filhos ficavam aos cuidados dela, quando não estavam na escola comigo e isto me dava mais segurança.
O tempo foi passando e a rotina estressando a semana. 
Meu irmão também se casou.
Na mesma época meus pais compraram uma casa maior e puderam acolher melhor a ninhada.
Todo domingo era festa.
Minha mãe, cozinheira de mão cheia, colocava tudo o que nós gostávamos na mesa.
O macarrão da Renata, o arroz do Caio, o escondidinho do Bruno, o feijão do Geraldo, a salada da Dulcineia, a maionese do Joel, o frango com batatas da Rosana ( sem alho), a carne assada da Rose e do Rogério.
A sobremesa sempre era algo que agradava a todos,  um pudim, um pavê, um bolo; dependia da vontade da Dude. Dude é a minha mãe.
Não pode se esquecer também do cafezinho para encerrar. Enfim, uma festa todo domingo.
Na hora de arrumar a mesa, como o Rogério era o mais esfomeado, ele ajuda a por a toalha, a colocar os pratos, etc.
Quando a turma chegava  era um tal de falar, perguntar, conversar, atravessar conversas...nossa! Parecia mais casa de doido.
Dona Eli, a vizinha, com certeza pensava que era briga...
O tempo passou e  nos vemos todos os domingos e nunca, nunca mesmo, houve uma rusga, uma encrenca,  que separasse toda essa família até hoje.
O Joel? Ah...O Joel é meu pai. Ele só olha e sorri e  às vezes tenta falar algo, porém quando começa a lembrar da juventude, sai de perto, porque todo mundo sabe que ele vai chorar...
Eita família bonita...
E eu amo tudo isso!


PoderRosa
Enviado por PoderRosa em 19/03/2013
Reeditado em 19/03/2013
Código do texto: T4197124
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