ANTIGUIDADES QUE FIZERAM E FAZEM PARTE DO NOSSO COTIDIANO!!!
Sabemos que existe por todo o mundo Lojas de Antiguidade maravilhosas que chamam a atenção de grandes colecionadores e de todos que amam o belo, principalmente as peças antigas cujo valor não é só apenas para decorar mansões, castelos, apartamentos riquíssimos ou até uma simples residência, tem o valor monetário em questão e investimentos para o futuro.
Pois é! Sempre comento que dou valor a tudo que possuo e é difícil desapegar de lembranças como o velho Rádio que minha avó ouvia a novela “O DIREITO DE NASCER” e que ficou com meu pai, a caneta tinteiro “PARKER 51”, a velha LUPA, tão pesada e grande que era usada por ele quando a vista já estava com problema, a máquina de escrever manual “OLIVETTI”, a calculadora que ganhou no seu aniversário, eram grandes demais, tenho certeza que muitos que estão me dando o prazer de ler este relato, devem estar se lembrando dessas preciosidades.
A vitrola portátil azul, que parecia uma maleta e que meu irmão caçula ouvia os LPS de musica evangélica no seu quarto quando ia dormir, inesquecível, pois, com a porta aberta nós todos ficávamos deliciando com a música, esta vitrola já era moderna e desligava sozinha.
E o que dizer dos móveis da casa da minha avó? Primeiro minhas lembranças me levam a Pensão que ela “tocava” em frente à Estação Ferroviária no interior de Goiás, na cidade de Ipameri. As camas eram chamadas de “camas patentes” devia ser o modelo, eram de madeira envernizada, as cômodas, os guarda-roupas de duas portas, o criado “mudo”, cortinas de chita estampadas com flores grandes nas janelas, tudo muito simples, mas muito aconchegante.
No salão das refeições, mesas e cadeiras rústicas com toalhas xadrez de vermelho, o vidro de pimenta caseira, a farinheira, o saleiro, o azeite e um vasinho de flor que eram naturais. Só sei que vejo direitinho este ambiente como se estivesse almoçado lá hoje e degustado aquela comidinha caseira, a minha preferida eram as “almôndegas” chamadas simplesmente de “bola de carne”.
Quando a vovó vendeu a pensão, ela ficou morando com os filhos, ora com uma, ora com outra ou outro. N a casa de uma tia que morava em Pires do Rio Go, jamais poderei esquecer as relíquias, as mesmas camas, os armários, guarda roupas com um espelho de um lado da porta que nós as sobrinhas amávamos ficar nos contemplando, achávamos que aquele espelho nos deixava mais bonitas, imagine! Ah! E a cristaleira? Linda, bem torneada, uma preciosidade, repleta de bibelôs e presentes que minha tia ganhava. Naquela época era muito comum darem enfeites para casa tais como, bonequinhas, vasinhos, enfeites de flores e por ai vai. Saudades desse tempo tão feliz, onde o amor era amor de verdade, garanto que tenho muitas antiguidades que são verdadeiras relíquias e que não tem preço porque seria caro demais e dinheiro nenhum pagaria o que elas representaram e representam até hoje. Estou falando das fotos desbotadas, das cartas recebidas, uma velha revista em quadrinhos, um enfeite de vidro e tudo de mais puro e simples que existe.
Goiânia, 06 de novembro de 2012. Sônia.
Para meditar:
“Eu Sou o Alfa e o ÔMEGA, o princípio e o fim diz o SENHOR” Apocalipse cap 1 vers 8. Bíblia Sagrada.