SOLIDÃO

Um vazio no peito

Um silêncio ensurdecedor

Uma eternidade suprema

Uma vontade de fazer algo,

Mas não sei bem o que

Tudo por um motivo

Um desses que não queremos falar,

Nem pensar, mas

Esta nítido

É uma tristeza sem que nem porque

Uma saudade de tudo e de nada

Uma tentativa de fazer o tempo passar,

Buscamos um acalento na cama, mas

O sono não vem, ficamos rolando

De um lado pra o outro

E a tv, o controle sofre, não tem

Programa que agrade

A internet não consigo concluir nenhuma pesquisa

Nada satisfaz, nenhum site é bom o bastante

O telefone esse quando toca,

Não é quem gostaríamos que fosse

E o que resta no fim das contas

É por pra fora a angustia

Aqui mesmo, de forma desordenada,

Linhas a principio desconexas,

Depois vão ganhando sentido

Uma forma, começo a digitar

Sem um formato especifico

E no final, o saldo é positivo

Mesmo que o dia esteja tão vazio,

Ainda bem que a mente não para

Lembro-me do Cazuza “o tempo não para”

E é verdade, mesmo que estejamos

Embrenhado em nossa própria tragédia

O tempo não para, ele corre

De certa forma isso é bom,

Porque quando saímos desta solidão,

Deste silêncio, deste marasmo encontramos

Um mundo novo

Cheio de vida

De novidade,

Parece até que pronto pra nós,

Exatamente quando transcendemos

Os limites da dor,

Da angustia,

Da espera

E passamos

A reagir e viver,

Agora não mais solitários

E sim com a companhia perfeita,

Mesmo que esta seja a natureza,

Que merece ser contemplada sempre

Para nós,

Todos nós que ousamos escrever

Nesta cidade caduca

Uma salva de palmas,

Um brinde,

Se preferir é permitido até um pileque,

Desde que a intenção seja uma só

Fugir da solidão.

Elaine Marcelina
Enviado por Elaine Marcelina em 21/02/2013
Código do texto: T4152652
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.