Um ato de amor

Positivo!

Este foi o resultado, a mãe não sabia se sorria ou chorava, pois havia outros pequenos em casa e a situação financeira não era das melhores...Alias, esta gravidez foi uma surpresa, talvez para celar a união do casal que esteve prestes a se separar por tão pouco.

Tudo corria muito bem, gestação normal, parto tipo cesariano.

E finalmente ao meio dia nasceu Anna. Mais parecia uma boneca com seu jeito manhoso de espreguiçar, sua boca minúscula e ao primeiro bocejo tinha um formato de letra O.Os olhos, não se viam a cor, de preguiça só queriam manter-se fechados.E lá estava ela sobre a cama, como um enfeite vivo enviado por Deus.Mas havia algo de errado, ou de certo, a pequena Anna tinha traços de ser uma menina especial.Os vizinhos aos cochichos curiosos para saber se ela tinha ou não Síndrome de down, a mãe não deu ouvidos, talvez nem ela tivesse certeza, ou fingia que não via, na verdade, esta era uma questão minorativa perto do imenso amor que a mãe e a família sentiam por ela.Daí vinha a perguntas alheias:

Será que ela não poderia interromper a gravidez para evitar constrangimentos?

Será que ela pretende esconder dos vizinhos, mas isso é inevitável!

Perguntas e mais perguntas.

Eles não sabem que o que a mãe de Anna mais queria era dar vida aquela criança e encher de luz a casa que só completou com a chegada dela.

Não, jamais uma mãe, uma boa mãe interromperia o nascimento de uma criança simplesmente por ser diferente.Anna é igual a tantos bebês que só queriam nascer, e nem todos tiveram a mesma sorte de sobreviver aos abortos e sacos plásticos e morreram sufocados, tiveram o direito de nascer, mas não o de sobreviver...Anna não é diferente, nem as outras pessoas são iguais, na verdade, ninguém é igual, nem mesmo gêmeos idênticos. Não importa...

Do lado de fora a aparência é só uma casca, o que faz mesmo a diferença é o conteúdo, caráter.Os que julgam aparência são monstros maquiados ou disfarçados. Se não consegue enxergar o interior das pessoas.Se não pode amar as pessoas por dentro, não deveria merecer a própria vida.O preconceito é uma deficiência muito grave, curável, o remédio esta dentro dele mesmo

È como uma picada de cobra mata, mas a cura vem do próprio veneno.

Mayala Morenna

Mayala Morenna
Enviado por Mayala Morenna em 05/02/2013
Reeditado em 17/07/2013
Código do texto: T4124026
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