O Pulo da Lagartixa!
O Pulo da Lagartixa!
Ela a toda a hora avisava para ele:
-Menino! Quantas vezes eu já te avisei! Presta atenção no teu café, menino!
E Rafinha de olho na pequena lagartixa. Eita! Agora quase que seu cotovelo derramara tudo!
-Rafael! Eu já te avisei. Preste atenção! Preste atenção!
E o pequenino ser grudado na parede, com a cabecinha virada notando todo o movimento e, talvez sem saber o que era todo aquele reboliço! Aquele mover de braços e cabeça! Não precisava entender apenas mirar naquela porção de cor tão agradável e que tanto lhe chamara atenção!
Resolvera subir mais um pouco! E o olhar do guri o acompanhava...
Subiu... Subiu... Subiu!
“O teto é meu limite!”, quem sabe aquela pequena lagartixa estava a pensar!
A essas “alturas do campeonato” aquele achocolatado estava bem friozinho, pois a fumaçazinha já não subia mais de lá!
Enfim... O pequenino ser chegou ao seu limite: O teto! Então agora o seu “show”...
Ah! Uma contagem com a cabecinha, um... Dois... E...
“Uááááááááááááá!” Que descida “triunfal”! A queda mais perfeita para o banho mais delicioso! La estava a pequena lagartixa, dentro do achocolatado de Rafinha!
Com o impacto derramou uma porção pela mesa e espirrava pelo rosto do guri! E a lagartixa? Morreu “deliciosamente”?
Num instante algo se mexia no achocolatado! Era a lagartixa que com a cabecinha de fora olhava para Rafinha como se dissesse:
“Tira-me daqui!”
(Márcio Silva)