UFA! AVIÃO NUNCA MAIS...
Com família pequena e com poucos amigos, Tereza não tinha quase a quem visitar. Às poucas vezes que saiu de sua cidade para resolver algum problema, visitar alguém ou passear foi de ônibus ou metrô.
A oportunidade de realizar o sonho de viajar de avião veio de supetão. Conversando sobre as férias com Larissa, recebeu um convite para conhecer um pouco de São Paulo e sua família.
A principio relutou, mas acabou aceitando o convite. Aquela seria uma boa oportunidade de conhecer pessoas novas e principalmente realizar aquele antigo sonho.
Chegaram no aeroporto com uma hora de antecedencia, fizeram check-in e dirigiram-se ao salão de embarque.
Um friozinho percorreu sua coluna quando ouviu a chamada para o voo. Sentiu medo de realizar aquele sonho tão almejado.
Entrou no avião e se acomodou na poltrona confortável. Logo a comissária de bordo veio dar instruções de como colocar os cintos de segurança de manter as poltronas na posição vertical e outras coisas mais. Embora tenha sido bastante gentil, aquelas orientações soaram como ordens, como se sua sobrevivência daquilo dependesse.
De repente veio a sua memória todos os acidentes aéreos de que havia ouvido falar e rapidamente tentou mudar de pensamento, aquela era a hora mais inconveniente para se pensar tal coisa.
Lembrou de ter lido na internet uma informação de que o avião é o segundo meio de transporte mais seguro, perdendo somente para o elevador que ocupa o primeiro lugar.
Que alivio!
Observou do seu lado uma senhora com um terço entre os dedos que mexiam sem parar, parecia agourar algum acontecimento trágico; o fim do mundo ou na melhor das hipóteses sofria de parkinsonismo.
Deus Queira que sim, pensou.
Na Poltrona da frente uma jovem insistia em usar a câmara fotográfica, enquanto um senhor ao lado a alertava para o perigo.
Outro passageiro queria usar o celular.
Que ódio!
Pra sua amiga nada de anormal parecia estar acontecendo, era como se estivesse no sofá de casa assistindo Big brother.Brasil.
Ficou ainda mais nervosa e o pânico se apoderou dela quando o avião decolou.
Lembrou do aquele toque Beatle, I wanna hold your hand ( Eu quero segurar sua mão) do cantor Belchior, olhou para os lados tentando encontrar uma mão pra segurar, bem que tinha, mas se conteve.
Lembrou de ter ouvido alguém dizer que se alguém viajar de avião e não enfrentar turbulência podia considerar que não sabia o que é viajar de avião. Só não lembrou quem disse isso.
E a turbulência veio pra completar o pesadelo, êxtase total.
Naquelas alturas e na altura em que estava aquilo não era mais sonho, e sim um grande pesadelo e queria acordar. Pisar em terra firme como fez Cabral ao descobrir o Brasil e beijar o solo como o papa fazia.
Lembrou novamente dos acidentes aéreos, sentiu vontade de fazer xixi, lembrou de fraldas geriátrica e sorriu um sorriso amarelo.
Orou pedindo a Deus que abreviasse as horas, mas percebeu que não foi atendida. As três horas passaram-se como passam uma quase eternidade, ela chorou baixinho, sorriu alto, comeu amendoim, bebeu suco de pêssego em caixinha, que alias, detesta.
Finalmente acordou daquele pesadelo. Já em terra, longe dos ares sentiu-se aliviada e jurou nunca mais entrar em um avião, é tanto que pra voltar enfrentou dois dias e meio de ônibus de São Paulo a Fortaleza.
Achou a viagem agradabilissima,
Com família pequena e com poucos amigos, Tereza não tinha quase a quem visitar. Às poucas vezes que saiu de sua cidade para resolver algum problema, visitar alguém ou passear foi de ônibus ou metrô.
A oportunidade de realizar o sonho de viajar de avião veio de supetão. Conversando sobre as férias com Larissa, recebeu um convite para conhecer um pouco de São Paulo e sua família.
A principio relutou, mas acabou aceitando o convite. Aquela seria uma boa oportunidade de conhecer pessoas novas e principalmente realizar aquele antigo sonho.
Chegaram no aeroporto com uma hora de antecedencia, fizeram check-in e dirigiram-se ao salão de embarque.
Um friozinho percorreu sua coluna quando ouviu a chamada para o voo. Sentiu medo de realizar aquele sonho tão almejado.
Entrou no avião e se acomodou na poltrona confortável. Logo a comissária de bordo veio dar instruções de como colocar os cintos de segurança de manter as poltronas na posição vertical e outras coisas mais. Embora tenha sido bastante gentil, aquelas orientações soaram como ordens, como se sua sobrevivência daquilo dependesse.
De repente veio a sua memória todos os acidentes aéreos de que havia ouvido falar e rapidamente tentou mudar de pensamento, aquela era a hora mais inconveniente para se pensar tal coisa.
Lembrou de ter lido na internet uma informação de que o avião é o segundo meio de transporte mais seguro, perdendo somente para o elevador que ocupa o primeiro lugar.
Que alivio!
Observou do seu lado uma senhora com um terço entre os dedos que mexiam sem parar, parecia agourar algum acontecimento trágico; o fim do mundo ou na melhor das hipóteses sofria de parkinsonismo.
Deus Queira que sim, pensou.
Na Poltrona da frente uma jovem insistia em usar a câmara fotográfica, enquanto um senhor ao lado a alertava para o perigo.
Outro passageiro queria usar o celular.
Que ódio!
Pra sua amiga nada de anormal parecia estar acontecendo, era como se estivesse no sofá de casa assistindo Big brother.Brasil.
Ficou ainda mais nervosa e o pânico se apoderou dela quando o avião decolou.
Lembrou do aquele toque Beatle, I wanna hold your hand ( Eu quero segurar sua mão) do cantor Belchior, olhou para os lados tentando encontrar uma mão pra segurar, bem que tinha, mas se conteve.
Lembrou de ter ouvido alguém dizer que se alguém viajar de avião e não enfrentar turbulência podia considerar que não sabia o que é viajar de avião. Só não lembrou quem disse isso.
E a turbulência veio pra completar o pesadelo, êxtase total.
Naquelas alturas e na altura em que estava aquilo não era mais sonho, e sim um grande pesadelo e queria acordar. Pisar em terra firme como fez Cabral ao descobrir o Brasil e beijar o solo como o papa fazia.
Lembrou novamente dos acidentes aéreos, sentiu vontade de fazer xixi, lembrou de fraldas geriátrica e sorriu um sorriso amarelo.
Orou pedindo a Deus que abreviasse as horas, mas percebeu que não foi atendida. As três horas passaram-se como passam uma quase eternidade, ela chorou baixinho, sorriu alto, comeu amendoim, bebeu suco de pêssego em caixinha, que alias, detesta.
Finalmente acordou daquele pesadelo. Já em terra, longe dos ares sentiu-se aliviada e jurou nunca mais entrar em um avião, é tanto que pra voltar enfrentou dois dias e meio de ônibus de São Paulo a Fortaleza.
Achou a viagem agradabilissima,
Aproveitou o máximo. Fez amigos, arranjou um namorado e apreciou a natureza.
Ufa! Avião nunca mais...
Ufa! Avião nunca mais...