NO ÔNIBUS

Em mais uma manhã, Vera seguia para o trabalho. E como acontecia todos os dias, fez sinal para o ônibus da hora. Mesma linha, mesmo motorista, mesmos passageiros e.. Ele.

Quem era ele? O moreno, que esperava o coletivo encher, vinha discretamente e colava na sua região glútea.

Lembra-se dos primeiros dias. Incomodou, mas depois, foi ficando legal e agora já era parte do dia. Ajudava na carência.

Não sabia nada sobre o moreno. Nunca trocou uma só palavra com o tal, só curtia o momento, o vai e vem e o “volume” durante os trinta minutos de viagem; até que acionava o sinal para descer do veiculo, momento em que “apagava” a curtição e vivia o seu dia...

Até a próxima manhã.