Minha Historia de Amor (parte I)

Eu era muito feliz....

Minha família sempre foi unida.

Fui criada em um lar cristão, onde meus pais, casal novo, soberam com todo esforço criar seus cinco filhos para a vida familiar.

Eu sou a mais velha , a primogênita, por isso sempre me considerei a enjeitada, por ter nascido mulher, e a ovelha negra também, porque me rebelei contra algumas coisas.

Logo em seguida, um ano e meio depois nasceu minha outra irmã, vi como meus pais a tratavam, percebi que tinham maiores cuidados porque agora tinham experiências, que antes não tinham.

Daí começa minha queda de alta-estima, meus complexos, meu sentimento de rejeição.

Eles, meus pais, não percebiam que meu caráter em formação precisava de ajuda, de atenção.

Me sentia solitária, mal amada, e comecei a me refugiar no mundo das fantasias.

Passava noites em claro, lendo romances, sonhando acordada, que existia alguém especial, feito pra mim, e que um dia, esse príncipe encantado chegaria e me levaria, para viver com ele e enfim eu teria o carinho, a atenção, o amor que eu desejava e que achava não ter recebido de meus pais.

Todas as vezes que me encantava com alguém, me envolvia tão profundamente que acabava sofrendo e abrindo mais feridas, me tornando mais insegura e desconfiada.

Eles, os “príncipes”, também tinham sua cota de culpa no monstro em que me transformei, não estou me eximindo das minhas participações e contribuições, poderia ter escolhido melhor com quem me envolver, mais todos eles não eram príncipes, e nem eram a pessoa certa pra mim, por isso sempre haviam outras, sempre haviam traições, ou despedidas sem motivos aparentes, e até casos de amores platônicos e não correspondidos.

Passei grande parte da minha vida nessa procura, e todas as vezes que me apaixonei entrei de cabeça nesses relacionamentos e sempre acabava com a cabeça quebrada, e o coração também.

Um dia, aos 29 anos, cruzei com uma pessoa.... Baaaammmm

Apenas um olhar...

Como olhos de de serpente, me encantaram...

Meu coração quase parou, fiquei sem fôlego, minhas pernas tremiam, e minhas mãos nervosas suavam feito goteira.

Ele também me olhou, me notou, e se interessou. Logo em seguida fiquei sabendo que perguntou por mim.

Não era bonito, mais havia algo de especial nele...

continua...

midynigth
Enviado por midynigth em 06/03/2007
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