O senhor.
Estava com a autoestima pra baixo e fui andar pela praça à procura de fazer uma reflexão sobre os acontecimentos que me consumiam; então, sentei-me no banco vazio, e logo em seguida sentou-se ao meu lado um senhor que eu nem conhecia.
Logo ele olhou para mim e começou a puxar assunto, perguntando:
- Por que, jovem, está tão pesaroso?
Então, respondi:
- É a vida, meu caro.
O senhor, então, me disse:
- Está vendo esta árvore em nossa frente? A gente é como ela: às vezes ficamos só com galhos para adquirir tal conhecimento e obter tal amadurecimento. Como folhas que caem ao chão são um sinal de transformação. Para toda transformação existem perdas, lamentações e dores. Mas o importante, diante de todos esses círculos que nos cercam, é não perder o rumo da vida. Não perder aquilo que de fato vai nos alimentar perante tantos infortúnios, que são o sorriso e a força de vontade de vencer.
Depois dessas palavras, caiu-me uma lágrima e despertou-me um sorriso.
Renato F. Marques