Era uma tarde e era magnífica. Era Natal .
O sol já desde muitas horas escondia-se.
Tinha ainda pelo céu um desfalecer do tempo.
Um pouco brilho a luz frouxa e indecisa, um crepúsculo pálido e suave, o mar sussurrava, rendando de branco a orla das ondas baixas e pequenas.
À porta das casas e nos arredores dos jardins, grupos de moças e rapazes conversavam.
Nas calçadas e ruas crianças brincavam e corriam, saltitavam e ofereciam pétalas de rosas vermelhas desabrochando, para as pessoas e casais, que por alí passavam.
E os jovens e adolescentes e as crianças pedalavam suas bikes em perfeita harmonia com a paz!
Via-se bem distante a casaria branca da estilosa cidade de Niterói e do alto dos sobrados se avistavam uma grande carruagem que se formava para acompanhar os noivos rescém  casados ao altar.
Era um casamento de grande estilo! Os noivos Pablo e Áthima estavam em plena felicidade.
Uma neblina começou a cair, quando os convidados abriram seus guardas chuva,outros ficaram debrusados nas janelas dos sobrados para assistir a passagem dos noivos.
Pablo e Áthima acenavam para multidão de mais de mil curiosos sobre a mira dos olofotes que clareavam o chão e a garoa sutil que cobria a cidade de neve.
Na curva harmoniosa elegante e larga da Baia, grandes navios garbosos malhavam no ar calmo ,a espera dos noivos para uma viagem de lua de mel.
Os aventureiros mastros, saudosos barcos, talvez de outras tardes distantes, de outros logínquos crepúsculos.
A entrada da barra, aberta lá ao longe como uma porta escancarada, era uma evocação de segredos da mais alegre das partidas...
Tudo em fim, naquela hora dolorida e alegre, a infinita mansidão dos noivos assumia num tom meigo de brandura algelical de uma doce e feliz partida.

 

 

 

 

 

NATAL ANOS ¨60

Foi numa tarde magnifica e era Natal.

O sol, desde o nascer do sol já se escondia e ao cair da tarde  por trás brilhava sobre o colorido do sol alaranjado.

Pouco brilho, luz frouxa e indecisa com toque suave no pálido crepúsculo. 

Lá no fundo, o mar  sussurrava, rendando de branco as orlas das ondas, curtas e baixas.

As luzes já se acenderam desde as primeiras horas nas casas, jardins florescentes nas portas e portões que se  abriam para os moradores. Crianças se espalhavam pelos arredores nas calçadas, brincavam, corriam pelas praças ruas e jardins em perfeita harmonia com vida.  Nas praças e jardins grupos de  rapazes e  raparigas conversavam e se enamoravam, sorriam e colhiam rosas para entregar buques para suas  lagarças.

Tudo tinha um toque puro do amor e de felicidade.

Nas praça mais central da cidade, que recebia o no de Praça Pedro Alves jovens vestidas com improvisadas vestidos rodados, macaquinho, chapéus, cintos, e sapatos mocacins dos padrões mais top da moda.

Os rapazes com suas calças de cores variadas estilo boca de sino chapéu deitado por cima dos olhos e camisas de estampas leves.

Roupas do estilo espacial minisaias e monequines.

O evento deste dia era o casamento do filho do Barão de  Aratanha Jose Fransciso da Silva  Albano e  Liberalina Angélica Teófilo.

O povo reunidos na parte central cazarias alvas Via-se bem distante a casaria branca da estilosa cidade de lá do alto dos sobrados se avistavam uma grande carruagem, cavalarias que se formava para acompanhar os noivos recém casados ao altar.
Um casamento de grande estilo! Os noivos Pablo e Álthina estavam em plena felicidade.
Uma neblina começou a cair, quando os convidados abriram seus guardas chuvas, outros ficaram debrus

çados nas janelas dos sobrados para assistir a passagem dos noivos.
Pablo e Álthima acenavam para multidão de mais de mil curiosos sobre a mira dos holofotes que clareavam o chão e a garoa sutil que cobria a cidade de neve.
Na curva harmoniosa elegante e larga da Bahia, grandes navios garbosos malhavam no ar calmo ,a espera dos noivos para uma viagem de lua de mel.
Os aventureiros mastros luminosos ofuscavam sobre os saudosos barcos.

E despediram-se em abraços acenando encobrindo no manto das aguas, talvez em outras tardes distantes os encontraremos em outros loginquos crepúsculos.

Enquanto à entrada da barra, aberta ao longe, como uma porta escancarada, uma evocação de segredos da mais alegre das partidas...
Em fim, aquela hora dolorida e alegre, a infinita mansidão dos noivos assumia o tom meigo de brandura algelical de uma doce e feliz partida. 

Natal

Ah. Se eu fosse uma fada

Para até o cais, eu me levar

Um grande sonho, que tenho,

Possível a realizar

Pro Cais do Porto eu voava

Saracoteando a bailar

 

Com um sininho na mão

Subindo e descendo

Igual um vento a soprar

Pelos ares da noites ,até lá.

Trinitando o sininho de belem

Para o Natal saudar.

 

A magia está começando

Balançando o sininho

Para as crianças acordar  

Venham ver o Natal chegar

Ficar no porto do Cais

Todos para abraçar

 

Nas águas, se mergulhar

Os caracóis dos cabelo, molhar

Navegar no grande navio

Branco azul como as águas

Das profundezas do mar.

 

Para distante embarcar

Para deixar saudades

Do barcos que vem de lá

Nos abraços do meus sonhos

A fada do barco, ancorar

 

Para o Natal embelezar

Ver as estrelas no céu

Nas noites, as luzes, ofuscar

Luzes das  fadas encantadas

No véu das noites geladas

Nas cortinas ofuscadas

 

Natal das Iluminadas

Pirilampos e passaradas.

Se eu fosse uma fada

Eu já ia te avisar

O dia mais encantado

Logo Natal vai chegar.

 

Como um vou de Ícaro

Se eu fosse uma fada

Para o Natal mais feliz

Nunca desistir dos sonhos

Do encontro com amigo

Porque são da mesma raiz.

 

Voar é sonhar, sonhar é viver

Dos que sonham e quer amar

No barco embarcar

Remar feito aprendiz

No porto do Natal atracar.

 

Amarrar sonhos no cais

Para eles não voar.

Vou fazer muitas magias

E o Natal celebrar

Na brisa fria do mar

 

Eu sei que conseguiria

Aqui a saudade é tanta

Porque tão longe tu estar

Eu, de certo te encontraria

Nesse embarque a beira mar.

 

Nesse navio a atracar

Nos paredões desse mar

Nas águas frias e quentes

Ou nas encostas de areia

Sei que tu habitas por lá.

 

Só queria te abraçar

Te apertar no meu peito

Pra recordar o teu jeito

Sentir, misturar teu cheiro

Com o da brisa que tem lá

 

Como um flor inerce

Que pousa de flor em flor

Se as minhas asas cansar

A imaginação vou usar

Se eu for me arriscar.

 

Por sonhos misteriosos

Para recapitular

Para sentir o teu cheiro

Feliz no Cais, nós ficar

Passar o Natal contigo

Tudo. Vai significar.

 

Teu rosto acariciar

Saltitar de barco em barco

Cantar sorri e bailar

Há se eu fosse uma fada

Trazia você de lá

Para em você me colar.

 

Tua mão na minha mão

Certo de não mais soltar

De alegria morreria  

Só para ao teu lado estar

Natal cheio de magias

Com fantasias pelo ar

Jesus menino chegar.

 

escritora_fathimacoelho

escritorafatimacoelhosoar

 

 

escritorafatimacoelhosoar
Enviado por escritorafatimacoelhosoar em 18/11/2012
Reeditado em 22/09/2024
Código do texto: T3992124
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