O Azarado - In-contos sem data

João era um sujeito sossegado do acomodar-se do igual mesmice sem se perturbar com o eternamente nada fazer, apesar de gostar dos prazeres da vida que só o dinheiro favorece.

Mesmice, sossegado do sempre é não gostar de trabalhar,isto é, não querer trabalhar, pois é muito cansativo. Como, então, fazer para ter todo aqueles prazeres sem trabalhar ??. Sem ter dinheiro ?? Traba-

lhar ???. Nunquinha nunca.

Decidiu. Há uma semana, vinha de espreita àquela casa de grande enorme: muros altos ( três metros, pelo menos), garagem ao fundo e, apenas, dois residentes. Um homem e uma mulher. Devem ser casados - pensava ele-, pois irmãos não beijam na boca.

Roubá-la-ia, portanto a casa.Único problema, o muro alto. Que

fazer ??. Já sei.Levarei uma corda com um gancho amarrado na ponta para escalar o muro. Isso !!. Tá resolvido. Escolheu um dia de uma noite solitária e dirigiu-se para a casa.Chegado que foi, lançou o gancho prendendo-o no alto do muro. Testou uma vez, duas vezes e, na terceira vez começou a escalar o muro. Meu Deus, como é difícil !!. Será que estou tão gordo assim ??. Quase não consigo me puxar para cima !!. Posmente, cinco minutos mais ou menos, chegou ao topo do muro e sentado com uma perna para dentro e outra para fora, agarrou-se ao muro como pôde e jogou-se para dentro, caindo como um felino, em pé, espichou o olhar vasculhando o escuro , quando viu um peludo vulto de enorme crescer rosnando e surpreendendo-o quase a matá-lo de susto.

- O que é isto ??. Cachorro ??. Isto mais parece um Urso !!. Será ??.

O vulto começa a correr em direção a ele, que de arma na mão reflete: - Atiro ou não atiro ??. Se atirar, acordo Deus e o mundo. Não,atirar não.

Aproxima-se, rapidamente, o vulto que se lhe revela um cão enorme; a arma lhe cai da mão, paralisa-se. Olha para o portão, olha para o muro, olha para o portão,olha para o muro, olha o portão, olha o muro e o olhar pasma-se ao ver o gancho lá em cima com a corda do outro lado

do muro. E agora ??. O canzarrão aproximando-se; olha, novamente, o portão, do portão para o muro. Portão ??. Muro ??. Num gesto de desespero grudou-se ao muro e arrastou-se para cima como uma lagartixa, fez isto ele e em questão de minuto (1) ou menos, pulou para o lado de fora e ao cair sentiu um creque no pé direito e a dor sentida o fez rugir tão furiosamente que o canzarrão do outro lado começou a

ganir feito um chiauaua. Ele cá do lado de fora suava a tremia, chorando quase,quando aproximou-se o dono da casa munido de uma arma que imporia respeito aos mais destemidos e corajosos. O dono

apenas, disse:

- Sou policial, mas diga-me uma coisa. Como você conseguiu subir aquele muro sem apoio nenhum ??. Você lembrou o Homem-Aranha e,

olha: você foi ligeirinho. E riu, gostosamente, o dono.

gerson chechi
Enviado por gerson chechi em 17/11/2012
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