Segunda-feira

Comecei a escrever uma história que não possuía começo, meio e fim. Estava atordoado, inseguro e insatisfeito, pois não parecia ser eu mesmo, tinha muita coisa para fazer e eu estava imobilizado na cadeira de frente para o computador.

Sem atitude, numa segunda-feira, seria muito difícil com tantos desafios até o final do expediente. O telefone não parava de tocar, as exigências do dia sempre constantes, clientes sempre buscando soluções rápidas para seus problemas.

Porem o dia havia começado normal como os demais dias, surgiu uma frase em minha mente: “Mais um dia, mais uma semana... Para ser totalmente diferente só dependerá de cada um”. No decorrer do dia havia me esquecido da frase, perdeu o sentido e a essência, embora seja o autor da mesma, deixei-a para traz, depois dos cinco minutos que o relógio me deu.

Escrever é algo fascinante, envolvente, pois todo o texto tem suas particularidades, no entanto, todo o texto possui seu início, meio e fim. Percebe-se que para escrever é preciso ter disposição, coragem, idéia, dominar o tema e chegar à conclusão. Assim também é a vida, quando se levanta pela manha é como se fosse uma folha de papel em branco, cada momento é para ser escrito com clareza e objetividade. As três partes precisam unir-se para formar o grande texto, a vida, no dia a dia. Para escrever a história do dia é preciso ter muita disposição, a coragem andando de mãos dadas com a idéia e o domínio da situação sendo renovado cada instante.

E quando terminar de escrever o texto. Precisa ser lido, relido e bem analisado, fazendo correções e melhorando o que necessita, portanto, o mesmo precisa ser feito no fim do dia com a vida. É necessário os ajustes, correções, acrescentar o que precisa ser acrescentado, retirar aquele trecho que não faz sentido para vida. E o desejo de começar uma nova história sempre.