A primeira vez
A primeira vez
Junho de 1948, Alfred, primogênito de uma família pacata de quatro irmãos, em férias escolares, com apenas 15 anos de idade recebia um convite para trabalhar como estagiário numa agência de publicidade na cidade em que residia. Ajudar seus pais com as despesas da casa era seu sonho e ele não desperdiçaria aquela oportunidade, mesmo sabendo que se tratava de um trabalho temporário e que tão logo acabassem as férias, ele teria que retornar à escola. Em sua ânsia, não quis muito pensar nisso e aceitara o trabalho.
Apesar da pouca idade, Alfred era muito dedicado em tudo que fazia, era assíduo, pontual, disciplinado e sempre muito cauteloso quando falava qualquer coisa, era um misto de boa educação e timidez.
Ana, bela senhorita de 35 anos, dona de uma inegável elegância, uma das cinco funcionárias da agência, era a que mais mexia com os olhares de Alfred que vez por outra o flagrava em seus tímidos olhares, mas isso não a incomodava, sabia bem dissimular.
A cada dia Alfred se destacava em suas tarefas o que lhe rendia constantes elogios, isso o tornava cada vez mais confiante e seguro de seu trabalho e sendo assim começou a pensar na possibilidade de permanecer ali por mais tempo. Dias passados dirigiu-se à gerência e relatou seu desejo e fora atendido. Para isso era necessário trocar o horário de seus estudos e assim ele o fez.
Seis meses passaram-se rápido e já estava próximo do Natal. Nesse interim, Alfred teria fortalecido sua amizade com Ana e seus devaneios por ela só fizeram crescer, porém permanecera muito respeitador. Por outro lado, sem que ninguém percebesse, Ana olhava o fedelho com outros olhos, os desejos estampados nos olhos de Alfred fizeram despertar nela uma correspondência, mesmo que muito velada, nem mesmo Alfred percebia. Começava ali o interesse de Ana por Alfred, mas ela não sabia como fazer para lhe chamar a atenção. Em suas discretas investidas, ele passava sempre batido, não conseguia perceber as cantadas daquela que o fazia ferver em sonhos...
Passados alguns dias é chegada a véspera do Natal. Todos na agência estavam orgulhosos do desempenho da equipe. O clima era de festa e para celebrarem a satisfação comum, o grupo havia planejado uma festa de confraternização. Naquele dia tudo mudaria para Alfred.
Ana, muito astuta, havia arquitetado seu plano e estava decidida... Daquele dia não passaria.
As horas voaram, já era quase final de tarde e todos já se preparavam para a festa que aconteceria num restaurante próximo dali. Duas das cinco funcionárias da agência haviam saído mais cedo para trocarem-se em casa enquanto Ana e outras duas, além de Alfred por lá mesmo se organizariam.
Só havia um banheiro na agência. Alfred havia trazido sua roupa e já terminava seu banho. A próxima seria Ana, e assim que Alfred saía do banho, Ana, apressadamente, quase que o atropelando, entrava no banheiro. Enquanto ele penteava-se usando um espelho de mão, ainda próximo do banheiro, Ana, discretamente entreabre a porta e balbucia seu nome. Alfred não ouve e ela insiste. Com muita cautela para que sua voz sibilante chegasse somente aos ouvidos de Alfred, fala um pouco mais alto e consegue fazer com que ele ouça. Pede-lhe o favor que lhe entregue sua toalha de banho que havia esquecido sobre o encosto de uma cadeira e ele ingenuamente atende seu pedido.
Num golpe de vista muito rápido, Ana já calcula todo o tempo em que executaria sua ação e quando Alfred estende o braço para dá-lhe a toalha, Ana o segura pelo braço e puxa-o para dentro do banheiro. Ela, toda nua, com o corpo em chamas, abraça Alfred e lhe surpreende com um beijo quente e ofegante. Alfred, sem entender bem o que acontecia naquele momento, não perde tempo e desliza suas mãos por todo seu corpo sentindo as curvas que tanto tempo desejou tocar... Parecia um sonho, não queria que acabasse, mas repentinamente, muito assustada, Ana o empurra, percebera que ali não era o lugar. Afinal seu plano era só mostrar para Alfred o que queria e já teria obtido seu êxito. Alfred, ainda muito excitado, concorda e sai do banheiro deveras assustado.
Dali para o local da festa sua mente estava a mil, fervilhavam as mais fascinantes aventuras, seria sua primeira vez... Não tinha experiências, mas não se incomodava com isso... Tudo que elequeria era sentir o prazer. Tinha a segurança e a certeza que aquele era o seu dia, estava feliz e isso era o suficiente.
Depois de longos minutos, Ana sai do banheiro toda arrumada, penteada e cheirosa, parecia uma princesa. Os olhos de Alfred agora brilhavam muito mais, enquanto Ana permanecia muito séria, parecia que nada havia ocorrido. Isso o incomodava, não sabia por que ela agia assim depois de ter feito o que fez. Ele fazia de tudo para chamar sua atenção, mas sem sucesso. Na verdade, Ana estava com medo que o garotão pudesse deixar que alguém entendesse seus planos e isso estragaria tudo. Ana pensou rápido e o chamou num canto explicando-lhe como deveria ser...ninguém poderia saber... E que no final da festa estariam juntos.
Agora sim, os dois estavam em paz... Nem tanta! A ansiedade tomava conta dos dois, mas enfim resistiram, chegara a hora.
Todos se despediram e discretamente Ana oferecera uma carona ao Alfred... Era legal! Ninguém perceberia nada... E assim partiram. O destino era uma casa de praia que pertencia aos pais de Ana.
Lá aconteceu a verdadeira festa, a maior e melhor da vida de Alfred. Para ele foi um sucesso. Ana também gostou, mas não quis continuar com aquilo, para ela foi apenas uma aventura, uma fantasia que se realizava... Estava satisfeita.
Alfred ficou tão encantado com esta descoberta em sua vida que se tornou adepto da prática sexual. Depois desse feito desasnou: namorou diversas garotas, casou-se e teve algumas amantes.
Hoje, aos 64 anos, sem o mesmo vigor físico de outrora, Alfred recorda esta história após ter feito o uso do Citrato de Sildenafila pela primeira vez, pois lhe parecia ter voltado àquele dia