O pedreiro
Tudo indicava que aquela manhã seria como tantas outras. Acordar, rezar, banhar, arrumar-se, tomar seu cafezinho na barraca da Zeze e ir para a obra. Ele era pedreiro e com muito orgulho. Essa rotina já fazia mais de 7 anos, desde que viera do Nordeste. Sentia saudades dos banhos dos açudes, do sol escaldante de sua cidade, mas desde que BRUNA o abandonou não tinha interesse em voltar.
Pobreza era uma marca constante em sua vida. Nesta manhã Renatão- seu chefe –lhe chamara. - O que seria? Nada sério , pensava o pedreiro otimista. Logo ficou sabendo que alguém o estava esperando no refeitório. Surpreso abraçou BRUNA sem entender nada.
Aquela mulher fizera seu coração em pedaços. Ela estava ali na sua frente. O pedreiro pediu um dia de folga e acertou sua vida com a amada. Na manhã seguinte o sol era diferente. Seu cafezinho não foi na barraca, mas ao lado de sua amada. Após uma semana de muitas surpresas na sua nova vida, o pedreiro chegara em casa já cansado do trabalho,
e se admirou ao perceber uma multidão em sua casa. Sua amada tinha sido atropelada e estava morta.
O pedreiro chorou. Agora BRUNA não passava de uma sombra.